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Panorama Ipea discute a situação dos catadores no Brasil PDF Imprimir

Fernanda Lira Goes, do Ipea, e Gilberto Carvalho, do Conselho Nacional do Serviço Social da Industria (Sesi), foram convidados para o debate

No Brasil, existem cerca de 400 mil catadores de materiais recicláveis. Pesquisa aponta que parte desses trabalhadores está na faixa dos 40 anos, tem baixa escolaridade, recebem em média 570 reais, e em sua maioria, são pretos e pardos. Contudo, por meio de associações e cooperativas eles vêm se formalizando no mercado e deixando de serem invisíveis para a sociedade.

“Muita gente começa a catar material porque cata comida no lixo para sobreviver. Então, essa interseccionalidade entre população em situação de rua e catador de material reciclável infelizmente é uma realidade. Mas nós temos programas sociais, principalmente a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que ajudou a fortalecer o catador como individuo por meio de cooperativas”, afirma a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Fernanda Goes.

O presidente do Conselho Nacional do Sesi, Gilberto Carvalho, destacou os desafios que ainda precisam ser alcançados. “Na questão de políticas de resíduos sólidos, nós temos que avançar mais em tudo aquilo que chamamos de logística reversa, que é responsabilizar as empresas que produzem o material que depois vai ser descartado”.