Livros e Publicações - 88 |
2016 . Ano 13 . Edição 88 - 23/11/2016
Livro analisa Complexo do Alemão A vida social e política do Complexo do Alemão é marcada por esperanças e frustrações desde que se iniciaram as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). A atuação do Estado nessa região é analisada no livro Vida Social e Política nas Favelas – pesquisas de campo no Complexo do Alemão, trazendo uma abordagem da participação popular nos arranjos institucionais que possibilitam a formulação de políticas públicas para a região. A publicação apresenta três dimensões que justificam a discussão sobre a relação entre juventude e o mundo do crime. A primeira é “o interesse em compreender como as dimensões da sociabilidade das favelas – moradia, lazer, afeto etc. – são vividas por esses jovens”. A segunda busca “entender os mecanismos de saída, retenção ou adesão dos jovens ao tráfico no contexto da UPP” e a terceira, por fim, busca “assimilar o olhar da rede de afeto sobre essas dimensões e processos de vida”.
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Política monetária, finanças e consórcios públicos Um modelo que avalia o grau de compromisso entre a autoridade monetária e a estabilidade de preços foi apresentado na revista Planejamento e Políticas Públicas (PPP). Os autores, Gabriel Caldas Montes e Alexandre Curi, analisam que, quanto mais credibilidade houver nessa relação, “maior será o ganho em termos de controle inflacionário, bem como em termos de redução da volatilidade da taxa básica de juros”. E completam afirmando que a credibilidade da autoridade monetária é crucial para a redução da inflação e da volatilidade da taxa de juros no Brasil. Além desse tema, a primeira edição de 2016 da revista PPP apresenta doze artigos que versam sobre vários pontos relativos à ação governamental: política monetária, finanças públicas estaduais, políticas para o setor elétrico, consórcios públicos, políticas de desenvolvimento urbano e políticas de saúde e de educação.
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Juventude brasileira possui maioria de pobres, negros e mulheres
O Brasil possuía, em 2013, uma população de 21 milhões de jovens. Mais da metade (64,87%) é negra, mulher (58%) e vive com renda menor do que um salário mínimo (83,5%). Esse perfil foi traçado pela pesquisadora do Ipea Enid Rocha, em um dos capítulos do livro Dimensões da Experiência Juvenil Brasileira e Novos Desafios às Políticas Públicas, que aborda também a expansão de iniciativas estatais voltadas para esse segmento, como educação, trabalho, segurança, esporte, cultura, tecnologias da informação e comunicação (TIC), saúde, empreendedorismo, direitos humanos e participação social. O grau de escolaridade também foi analisado: 1,32% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos não concluiu o ensino médio. A explicação pode estar na dificuldade de acesso à educação. Em 2010, no Nordeste, apenas 18,4% das pessoas entre 18 e 29 anos conseguiram entrar na universidade. Já no Sudeste esse número era de 48,5%. A abordagem da juventude rural questionou pesquisas tradicionais sobre a migração do campo para a cidade. Os autores esclarecem que o estudo “representa uma contribuição para o conhecimento e a revalorização do mundo rural como um ‘modo particular de utilização do espaço e da vida social’”
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Estudo analisa estratégia nacional de desenvolvimento
Quais as vantagens brasileiras em termos de capacidades estatais perante outros países emergentes? Esse é um dos questionamentos colocados no livro Capacidades Estatais em Países Emergentes – o Brasil em perspectiva comparada, organizado pelo técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Alexandre de Ávila Gomide. O texto analisa as capacidades necessárias para o Estado alcançar um resultado satisfatório no desenvolvimento e as competências a serem estimuladas com o objetivo de promover o desenvolvimento inclusivo e sustentável. Dividido em 14 capítulos, o livro faz uma análise comparada da ação do Estado em pontos estratégicos de países com dificuldades comuns em relação ao desenvolvimento. Foram escolhidos para estudo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul (BRICS) e a Argentina. Essa análise possibilita aos Estados nacionais desenvolver “uma melhor formulação de estratégias, compreender o reequilíbrio de forças na ordem econômica mundial e o papel desempenhado pelo Estado em diferentes paradigmas de desenvolvimento”.
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