2016 . Ano 13 . Edição 88 - 23/11/2016

SUSTENTABILIDADE

Uso de palma na alimentação de animais

A criação de caprinos, como bodes e cabras, pode ficar mais barata e sustentável graças a uma descoberta do Instituto Nacional do Semiárido (Insa). A equipe percebeu que a ingestão da palma forrageira pelos animais reduz significativamente o consumo de água por parte deles. Isso se dá pelo fato de o alimento possuir aproximadamente 90% da sua composição de H2O. Assim, o consumo de água diminuiu em 61%. Durante a análise, os pesquisadores usaram três tipos de palma – orelha de elefante mexicana, doce miúda e baiana – misturadas a outros alimentos, como milho, farelo de soja e feno. O resultado apontou que a ingestão desse complemento ajudou também no ganho de peso dos animais.

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TECNOLOGIA

Brasil partilha monitoramento de florestas

Representantes do Peru, do Suriname e da Guiana participaram do curso internacional de Monitoramento de Florestas Tropicais oferecido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no Centro Regional da Amazônia, em Belém (PA). O Brasil é o único país da região tropical que possui um programa de monitoramento de florestas. Pode, assim, partilhar com outros países a expertise para que eles consigam acompanhar e fiscalizar suas florestas. Alguns dos pontos fortes do monitoramento brasileiro são: a geração de imagens das florestas via satélite, o levantamento de informações sobre áreas desmatadas na Amazônia Legal e a qualificação do desflorestamento. Além disso, há o projeto Queimadas, que mapeia e monitora cicatrizes de áreas de incêndios florestais.

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DOCUMENTAÇÃO

Brasil possui acervo de 30 mil amostras de solo

A soloteca brasileira, pertencente à Embrapa Solos, no Rio de Janeiro, possui uma extensa  documentação do solo brasileiro e africano. Com aproximadamente 30 mil amostras, o objetivo de guardar todo esse material é a possibilidade de realizar avaliações de mudanças temporais nos atributos do solo, estudos retrospectivos de balanço de nutrientes e poluentes, calibrar novos métodos de medida em relação aos tradicionais e possibilitar uma redução de custos. Criada em 1973, a soloteca passará por revitalização até 2018, quando ganhará um inventário digital para controle das amostras arquivadas, um banco de dados com trabalhos publicados, dados analíticos e morfológicos completos de perfis de solos estocados e um manual que estabelecerá regras de gestão, de seleção de amostras para estocagem e descarte, catalogação e política de uso.

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AGRICULTURA

Carnes poderão receber selo de certificação

Um dos principais fatores responsáveis pelo efeito estufa pode estar com os dias contados. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um conceito batizado de Carne Carbono Neutro (CCN) e que passará a ter selo de certificação. O CCN consiste em introduzir árvores na criação de rebanhos bovinos. Sua presença neutraliza o metano entérico – exalado pelos animais –, que é um dos principais responsáveis pelos problemas do aquecimento global. A carne que for produzida levando em conta esse sistema poderá receber o selo mediante adoção ao protocolo CCN. Assim, espera-se um aumento na exportação de carnes, em especial para o mercado europeu.

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ALIMENTAÇÃO

Hambúrgueres com menos gordura

A ingestão de alimentos balanceados e com menos gordura tem sido a cada dia mais incentivada por
médicos e nutricionistas. Dessa forma, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um hambúrguer feito com fibra de abacaxi e óleo de canola como substitutos parciais de gordura. O produto, além de ter uma melhor qualidade nutricional, colabora para a redução de desperdício de alimentos, já que utiliza material que seria descartado pela indústria e, ainda, pode ser considerado um ingrediente promissor para a indústria, uma vez que está disponível e é de baixo
custo. Quanto a benefícios nutricionais, o alimento com subprodutos de abacaxi e óleo de canola tem menos calorias, teor de gordura e de colesterol.

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INOVAÇÃO

Clareamento dental com luz violeta

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP desenvolveram um estudo utilizando apenas luz violeta para o clareamento dentário e descobriram que esse recurso é tão eficaz quanto outros tratamentos. No entanto, uma vantagem é que sua utilização dispensa outros materiais, como o gel de peróxido aplicado junto com a luz ultravioleta, atualmente utilizado no tratamento de clareamento dentário. Os pesquisadores destacaram que há também uma redução no tempo do tratamento – atualmente de três sessões, com duração de aproximadamente quarenta minutos cada. Com a luz violeta, esse tempo cai para três sessões de trinta minutos, divididas em três semanas.