Edição 82 - Seção de Ciência e Inovação |
2014 . Ano 11 . Edição 82 - 31/12/2014 MEIO AMBIENTE ____________________________________________________________________ Em época de exigências ambientais, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolveu um novo transponder para coletar dados ambientais utilizados pelo governo e por empresas privadas para o desenvolvimento de pesquisas em climatologia, química da atmosfera e controle da poluição. Chamado de DCS (sigla em inglês para subsistema de coleta de dados), o dispositivo será lançado até a metade de 2015 a bordo do Itasat, um nanossatélite universitário desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Inpe e instituições de ensino, com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB). O DCS será utilizado pelo Inpe nos futuros satélites do Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA) para retransmitir informações das plataformas de coletas de dados (PCDs) de todo o país e alimentar o Sistema Nacional de Dados Ambientais (Sinda), operado pelo CRN/Inpe.
SEGURANÇA ALIMENTAR ____________________________________________________________ Uma rede de pesquisa formada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) vai levar para as prateleiras dos supermercados brasileiros o primeiro filme de PVC que elimina a proliferação de fungos e bactérias dos alimentos, quando embalados com esse novo produto. O AlpFilmProtect, como é chamado, tem propriedades bactericida e fungicida que eliminam boa parte dos micro-organismos presentes nos alimentos. SAÚDE ____________________________________________________________________________ Menos infecção hospitalar
A empresa catarinense Neoprospecta criou uma ecnologia para diminuir mortes em decorrência de infecções hospitalares. A nova tecnologia é capaz de realizar diagnósticos utilizando sequenciamento de DNA. O método é mais rápido porque verifica milhares de espécies em apenas uma amostra e vai direto ao DNA da bactéria, ao contrário das atuais placas de cultura, que analisam uma espécie por vez.
TECNOLOGIA _____________________________________________________________________ Carrocerias mais leves Um novo composto fabricado com resina termoplástica líquida, fibra de vidro e polímero poliuretano termofixo vai deixar as carrocerias dos veículos mais leves, mais resistentes e mais duráveis que as fabricadas atualmente. O composto foi desenvolvido em parceria pela empresa Arkema e o centro de tecnologia Pole de Plasturgie de l'Est, ambos franceses, e executado pela empresa paraense MVC.
O sistema de fabricação das carrocerias recebeu financiamento de R$ 11 milhões da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para desenvolver o projeto Sofia, que resultou na fabricação de um micro-ww com esse material. A partir da experiência, os técnicos concluíram que é possível fabricar veículos nacionais mais leves, com menos custos e maior competitividade.
PARCERIA CIENTIFICA _____________________________________________________________ Brasil e França buscam alianças
O Instituto Pasteur (França) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trabalharão juntos em 2015. Vão montar laboratórios internacionais mistos com pesquisadores das duas instituições para estudos em conjunto. A Fiocruz é a única parceira brasileira do instituto francês, que tem 32 centros de pesquisa em 25 países.
PESQUISA __________________________________________________________________________ Descartáveis à base de mandioca
Copinhos e bandejas descartáveis não serão mais os mesmos. Uma pesquisa da empresa carioca CBPAK inovou e mudou a matéria-prima desses objetos. Ao invés do plástico, estes produtos serão agora fabricados com amido de mandioca. Com uma tiragem de dois milhões de unidades por mês, a empresa pretende diminuir os impactos ambientais causados pela produção e pelo descarte desses objetos na natureza. As pesquisas custaram R$ 10 milhões e duraram quatro anos.
ENERGIA LIMPA ___________________________________________________________________ Gás gerado por lixo tem nova função
Menos efeito estufa, mais energia. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI) transformou em hidrogênio o biogás gerado pelos aterros sanitários e pelas estações de tratamento de esgoto. O recurso é uma alternativa para o controle da emissão de metano e dióxido de carbono que, paralelamente, são aproveitados para a geração de energia elétrica limpa. O metano é responsável por 55% do biogás e contribui 21 vezes mais para o efeito estufa. |