Edição 81 - Seção de Ciência e Inovação |
2014 . Ano 11 . Edição 81 - 05/10/2014 CLIMA Entenda a falta d’água A seca que assustou os paulistas e habitantes de outras regiões do Sudeste, em 2014, pode ser consequência do desmatamento na região amazônica, dizem ambientalistas. Outros atribuem o problema à extinção da Mata Atlântica, à poluição e, ainda, à mudança do clima no planeta. O certo, todos sabem, é que faltou água na torneira dos cidadãos no estado mais desenvolvido do país. Para as novas gerações compreenderem – e discutirem – a situação que afeta várias populações do globo, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) oferece em sua página no Brasil a publicação Mudança Climática – na sala de aula, um curso de seis dias dirigido aos professores do ensino secundário (fundamental II e ensino médio). ___________________________________________________________________________________ GEOTECONLOGIAS Para desenvolver o semiárido No Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo, foi apresentado o estudo Tecnologias para a transformação da educação: experiências de sucesso e expectativas. Com participação do Ministério da Educação, o trabalho foi debatido em seminário organizado pela Fundação Santilana, em parceria com a Unesco e o jornal El País e patrocínio do Google. A utilização de dados geoespaciais no estudo e desenvolvimento do semiárido e a criação de um padrão interno para a produção de dados cartográficos, com ações para gerar um Plano Diretor de Geoprocessamento, foram alguns dos tópicos discutidos no VII Geonordeste (Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto), realizado pela Rede Sergipe de Geotecnologias, em novembro, em Aracaju. A Rede é integrada pela Codevasf, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Tabuleiros Costeiros), entre outros órgãos federais e estaduais. Pelo menos 700 pessoas participaram do simpósio e acompanharam as palestras, também transmitidas pela web. A troca de informações promovida pela rede favorece a análise do impacto da evolução da geotecnologia para o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental das áreas rurais e na gestão do espaço urbano. ___________________________________________________________________________________ EDUCAÇÃO
Modernização escolar na AL No Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo, foi apresentado o estudo Tecnologias para a transformação da educação: experiências de sucesso e expectativas. Com participação do Ministério da Educação, o trabalho foi debatido em seminário organizado pela Fundação Santilana, em parceria com a Unesco e o jornal El País e patrocínio do Google. Discutido anteriormente na Colômbia, o documento, a ser debatido publicamente na Espanha, mostra como são utilizadas as tecnologias de informação e comunicação (TIC) no Brasil, México, Peru e Chile. Para o chefe do Setor de Políticas de TIC da Unesco, Francesc Pedró, é preciso fortalecer o apoio aos professores, por meio da distribuição de tablets, celulares, computadores e lousas digitais – e com ações ligadas a esses instrumentos. “Na Europa, os próprios estudantes atuam em parceria, com seus celulares e outros dispositivos móveis. Eles mostram os problemas em suas comunidades. Com isso, estamos criando cidadãos que estão tomando consciência de seus problemas”. A Unesco espera que, também na América Latina, a modernização escolar colabore para a melhoria da qualidade de vida das ___________________________________________________________________________________ FINEP
Edital para superar defasagem tecnológica A Financiadora de Estudos e Projetos (do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) espera que pelo menos 175 instituições (universidades, institutos tecnológicos e centros de pesquisa) participem do edital lançado em dezembro, no valor de R$ 400 milhões, destinados à compra, instalação e manutenção de equipamentos multiusuários (última geração), de médio e grande portes. As propostas podem ser enviadas até 15 de junho de 2015. Os projetos devem ter valor mínimo de R$ 1 milhão. Já o valor máximo terá como referência o número total de doutores pertencentes ao quadro de pessoal permanente da instituição executora, variando de R$ 1,5 milhão a R$ 15 milhões. Cerca de R$ 160 milhões (40%) dos recursos foram previstos para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Segundo o superintendente da Área de Apoio à Ciência, Inovação, Infraestrutura e Tecnologia da Finep, André Cabral, o foco do edital, o primeiro realizado por meio do sistema Finep 30 Dias, deve-se à defasagem tecnológica do Brasil. “Observamos, ao longo do tempo, uma demanda concentrada em equipamentos, seguida de obras e instalações. A criação ou a expansão de unidades multiusuárias é extremamente relevante para o crescimento e consolidação da pesquisa científica e tecnológica das instituições do país”, afirmou o superintendente. ___________________________________________________________________________________ EMÍLIO GOELDI
Amazônia oriental debate transferência de tecnologia O Museu Paraense Emilio Goeldi exibiu, no fim de 2014, quatro projetos na Vitrine Tecnológica do I Encontro Internacional de Inovação e Transferência de Tecnologia da Amazônia Oriental, realizado em Belém. O evento, dividido em três mesasredondas, com palestrantes nacionais e do exterior, mostrou experiências de transferência para a sociedade e o setor empresarial, como a da parceria entre o mundo científico e o comercial da Yussum, Companhia de Transferência Tecnológica da Universidade Hebraica de Jerusalém, considerada modelo de sucesso mundial. Uma das apresentações do Goeldi no Vitrine tratou da Armadilha Ventilada para Coleta de Culicidae (mosquitos e pernilongos) com ou sem Atração Humana, que impede picadas desses insetos em seres humanos e vai ajudar muito no combate à malária e à dengue. Também do museu, ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, o estudo que transforma resíduo sólido em composto orgânico pode contribuir para o fim dos lixões em todo o Brasil. ___________________________________________________________________________________ CAFÉ
Programa busca pequeno produtor Válido até o final de 2015, o Programa de Difusão e Transferência de Tecnologia Cafeeira visa a colaborar com a inserção de pequenos produtores no mercado e gerar emprego e renda na atividade. O programa prevê a realização de congressos de pesquisas, cursos de atualização, atendimentos presenciais e por internet e, ainda, a implantação de campos de demonstrações de novas variedades. Feito em parceria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com a Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira (FunProcafé), o programa tem financiamento das duas instituições. Com ênfase na cafeicultura mineira, o programa também auxilia os produtores na introdução de novos cultivares (plantas melhoradas em laboratório) e no conhecimento das variedades mais produtivas e adaptadas às condições ambientais. |