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Edição 79 - Seção de Ciência e Inovação - Saúde

2014 . Ano 10 . Edição 79- 23/05/2014

Saúde
Vacinação em larga escala contra a esquistossomose

A Fundação Oswaldo Cruz prevê para 2016 a vacinação em larga escala contra a esquistossomose no Brasil e no continente africano. A Fiocruz criou em 2012 a primeira vacina desenvolvida no país, a ser aplicada em dose única. O público alvo serão as crianças com idades entre nove e 10 anos que vivem em áreas endêmicas. Também conhecida como barriga d’água, a esquistossomose já infectou 20 milhões de brasileiros. No mundo, atinge 240 milhões, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Nas últimas décadas, o Brasil obteve avanços históricos notáveis na produção de vacinas que derrotaram a difteria e o sarampo. Contudo, além da esquistossomose, ainda persiste o desafio de vencer outras endemias crônicas, como a febre amarela, a malária e, de duas décadas para cá, a dengue.

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Meio Ambiente
A nova cadeia do PET

O polietileno tereftalato, embalagem composta por poliésteres conhecida por PET e apontada como vilã da natureza por não ser biodegradável, ganhou novo status. Quatro cooperativas de catadores, três brasileiras e uma uruguaia, se uniram em torno do Projeto Pet para transformar as fibras do plástico em tecido e, assim, gerar renda.

O processo começa nas ruas, onde são recolhidas as garrafas. Mais tarde viram flocos (flakes) em polos de reciclagem em Porto Alegre, fibras sintéticas no Uruguai e, por fim, tecido no interior de Minas Gerais. Nesta fase, pelas mãos das costureiras, surgem novos e coloridos produtos na forma de bolsas, lonas, calçados e cortinas.

Descoberto em 1941 pelos químicos ingleses Rex Whinfield e James Dickson, o poliéster tem emprego em larga escala na indústria. Além da produção de garrafas, tintas e filmes, por exemplo, ganhou fama nos anos 1950 e1960, quando empregado na confecção de calças masculinas, cujo slogan era: “Senta, levanta, senta, levanta e nunca amarrota”. Enterradas, as garrafas PET levariam cerca de quatro séculos para decompor na natureza.

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Consumo
Loucos por café

Maior produtor de café do mundo, o Brasil tem o segundo maior contingente de consumidores do planeta, atrás dos Estados Unidos. Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) aponta: mais de 95% dos brasileiros com idades acima de 15 anos bebem café. A rubiácea está presente em 98,7% dos lares nacionais.

A relação de consumo é de 80 litros por habitante/ano. Apesar dos números, o mercado se mexe visando mudanças. Com investimentos em inovação, aumento da produção, ganhos de produtividade com adensamento dos cafezais e atenção aos aspectos socioambientais.

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Agricultura
Arca de Noé

Conhecido como “Arca de Noé”, o banco de germoplasma da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aumentou sua capacidade de armazenamento de recursos genéticos de animais e micro-organismos. Passou a somar mais de 750 mil amostras e tornou possível o desenvolvimento de novas tecnologias. Além de garantir ao Brasil o crescimento da produção agrícola, por exemplo, sem avançar sobre as áreas preservadas de biomassa. Fonte de variabilidade genética nos programas de melhoramento das plantas, o germoplasma é o conjunto de genótipos que pode transferir genes para uma determinada espécie. E o banco, com atividades amplas, investe na coleta, caracterização e preservação das coleções de germoplasma, na avaliação e no intercâmbio com outras instituições de pesquisa.

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Desafio
A retomada da indústria naval

A descoberta das reservas de petróleo no pré-sal está ajudando a reerguer um gigante adormecido – nossa indústria naval. Levantamentos do Ipea indicam números recordes no setor. Um deles é a geração de 70 mil empregos até o final do ano passado. Outro é o investimento de R$ 160 bilhões já contratados para construção de estaleiros, plataformas, sondas, navios petroleiros e embarcações de apoio marítimo.

Os cenários são promissores, mas também desafiadores. Um deles está centrado no desenvolvimento tecnológico autônomo, em que o Brasil vai tocar novas políticas de conteúdo nacional para anular os gastos anuais de R$ 3 bilhões ao ano com royalties, licenciamentos e contratações de serviços técnicos.

A revolução da indústria naval também alimenta o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Criado em 2008, tocado pela Marinha com custo estimado em R$ 21 bilhões, o programa visa à produção de um submarino nuclear e quatro submarinos convencionais até 2020. No mundo, seis países têm submarino nuclear: EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Índia. O Brasil é o próximo.

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Inovação
Nova geração de jatos


A Embraer investirá R$ 1,4 bilhão em projetos de inovação tecnológica. O dinheiro, financiado pelo BNDES, será aplicado na nova geração dos jatos comerciais E-Jets (E2), assim como dos jatos executivos Legacy 500. Trata-se da segunda geração de E-Jets com três novos modelos. Um deles, porém, o E-Jet 195 E2, terá capacidade para transportar 132 passageiros – o maior avião projetado e construído pela Embraer.

Até 2018, 1,8 mil colaboradores da Embraer estarão envolvidos nos projetos, que visam ainda a obter maior produtividade e competitividade no mercado mundial. Nascida em 1969 como sociedade de economia mista, a Embraer começou produzindo dois aviões por mês.

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Estímulo
Corrente elétrica contra a depressão


Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão empregando estimulação elétrica com eletrodos para tratar sintomas de depressão. Por meio da nova técnica, dois eletrodos colocados na cabeça do paciente geram corrente elétrica contínua, de baixa intensidade, na região do cérebro que gera a depressão – o córtex dorsolateral pré-frontal.

O procedimento é de 30 minutos, por duas semanas seguidas. A onda elétrica provoca sensação de formigamento. Para o coordenador da pesquisa, o médico psiquiatra André Russowski Brunoni, o tratamento de estimulação elétrica substitui os antidepressivos que geram fortes efeitos colaterais, tais como ganho de peso e disfunção sexual.

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Pesquisa
Princípio ativo na garrafada


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O estudo de uma garrafada, um tipo de remédio popular usado para reduzir efeitos do veneno da jararaca (bothrops jararaca), transformou-se em método na produção de anticorpos que combatam o veneno, altamente letal, da serpente, encontrada em todas as regiões do país.

Além da identificação de molécula natural, a rede de pesquisadores de quatro universidades federais da região Centro-Oeste (UnB, UFG, UFMT e UFMS) registrou duas patentes. Ambas tratam do desenvolvimento de novas formas de tratamento de picadas de serpentes.

Na primeira está o vetor de modificação genética, o que permite a produção de anticorpos com características humanas contra o veneno, dando assim origem ao soro antiofídico que hoje é obtido de cavalos. Na segunda patente está a identificação do princípio ativo da garrafada. A coordenadora da rede é Elizabeth Ferroni Schwartz, da Universidade de Brasília (UnB).

 
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