2012 . Ano 9 . Edição 71 - 08/05/2012
Saúde Brasil e Cuba aprofundam acordos em saúde
O governo brasileiro anunciou novos acordos firmados com Cuba para a realização de pesquisas em c onjunto no âmbito da saúde pública, em particular no tratamento contra o câncer e a diabetes. Estão previstas também investigações relacionadas ao desenvolvimento de tecnologias e medicamentos e articulação para a pesquisa clínica em oncologia, com terapia e diagnóstico preventivo.
Entre as atividades previstas está a comercialização de produtos como kits de diagnóstico, medicamentos, insumos farmacêuticos, sangue, tecidos e células.
Segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foram assinados 38 acordos bilaterais que envolvem projetos na área de saúde, sendo 12 deles prioritários, pois se referem principalmente à terapia e ao diagnóstico de diferentes tipos de tumor, tratamento de diabetes e produção de vacinas preventivas e terapêuticas. Para a Agência, a cooperação entre Brasil e Cuba vai promover o acesso das populações a produtos de qualidade e diminuirá o gasto dos ministérios da saúde dos dois países.
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Biogás Itaipu e Embrapa querem ampliar uso do biogás
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Uma parceria entre a empresa Itaipu Binacional e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pretende estender o uso do biogás e do sistema do plantio direto no país.
No caso dos projetos sobre plantio direto, as iniciativas terão também o apoio da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP).
Os projetos preveem a criação de novas tecnologias para a cadeia produtiva do biogás e o desenvolvimento de novos biodigestores, com maior eficiência energética. Outro ponto da pesquisa pretende desenvolver novos reatores biológicos, de alta eficiência, além de novas tecnologias para filtragem do biogás destinada à produção de biometano veicular. Ao todo, estão envolvidos pelo menos vinte pesquisadores das unidades de Agricultura, Suíno e Aves, Solos, Agroenergia, Soja, Trigo, Meio Ambiente e da sede da Embrapa.
As ações fazem parte da meta do Governo Federal para redução da emissão de gases do efeito estufa. Até 2020, o setor agropecuário brasileiro deve deixar de emitir 1 bilhão de toneladas de CO2, dentro do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC).
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Tecnologia Brasil e China pesquisam nanotecnologia
Brasil e China trabalharão juntos para desenvolver nanotecnologia. O projeto contempla a criação de um centro conjunto, o CBC-Nano (Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia). Ainda não está definida a agenda de pesquisas, mas a ideia é que os dois países desenvolvam sensores e dispositivos para uso em diagnósticos clínicos. O objetivo é ter equipamentos portáteis, confiáveis e com baixo custo de produção.
Um dos objetivos é desenvolver novos produtos a partir da biomassa, usando a nanotecnologia para transformar resíduos agrícolas. O Brasil, sendo um dos principais produtores mundiais de alimentos e de commodities agrícolas, gera grande volume de biomassa ainda não aproveitada.
A nanotecnologia diz respeito à capacidade de manipular matérias de tamanho atômico, de 1 a 100 nanômetros. Cada nanômetro tem um milionésimo de milímetro. Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o mercado internacional de nanotecnologia deverá atingir US$ 693 bilhões até o final de 2012 e US$ 2,95 trilhões em 2015.
A China é considerada uma das maiores potências na pesquisa com nanotecnologia, enquanto o Brasil ocupa a 25ª posição.
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Agricultura Novo sistema de irrigação
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A nova versão do Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação (SiBCTI), lançada pela Embrapa Solos, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária localizada no Rio, já está disponível em livro para gestores da área agrícola, professores e estudantes, e tem previsão para ser lançada também em versão digital.
A primeira versão do SiBCTI foi lançada em 2005. Antes desse novo sistema, não havia uma maneira precisa de auxiliar o governo na adoção de políticas de irrigação, especialmente no Nordeste. Havia o risco de serem feitos investimentos em um determinado grupamento de solos com retorno muito baixo ou mesmo com a perda do solo por motivo de salinização, por exemplo. A versão atualizada do sistema garante segurança maior ao investimento.
Ela poderá subsidiar o Programa Mais Irrigação, que será lançado ainda este ano pelo governo federal. A iniciativa visa a implantar 200 mil hectares de perímetros irrigados em todo o semiárido nordestino, com a criação de 500 mil postos de trabalho.
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Amazônia Ministério da Ciência e Tecnologia investe na Amazônia
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Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, o físico Marco Antonio Raupp, formular políticas bem definidas de investimentos na região da Amazônia será uma das prioridades de sua gestão. O ministro afirmou a necessidade de fomentar a estrutura de comunicações na região por meio do projeto do satélite geoestacionário de comunicações, que também deverá servir como base para o Plano Nacional de Banda Larga na Amazônia.
Segundo o ministro, outra de suas tarefas é aprimorar a relação entre a Agência Especial Brasileira (AEB), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a fim de que os órgãos atuem de modo complement ar em seus projetos, firmando vínculos e relações formais.
Por fim , também caberá ao MCTI impulsionar as atividades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), cuja finalidade é estimular o intercâmbio entre a rede de institutos tecnológicos brasileiros e as empresas.
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Inovação Crise afeta inovação
A crise econômica mundial tem afetado a capacidade de inovação das companhias. É o que indica o “Barômetro Global de Inovação” da General Electric (GE). De acordo com o estudo, 88% dos entrevistados consultados relataram sentir dificuldade no acesso ao capital de risco, bem como no investimento privado e até mesmo no financiamento do governo. Outros 77% informaram sentir uma redução ou reavaliação da disposição da empresa em assumir tais riscos.
Segundo o levantamento, ao comparar os resultados da pesquisa com os dados econômicos externos, o relatório evidencia que os países onde as políticas de inovação são percebidas como mais competitivas apresentam índices mais altos do que aqueles cujas políticas são percebidas como menos competitivas. Além diss o, o trabalho mostrou que os investimentos internos das empresas em inovação estão particularmente em risco quando a comunidade de negócios percebe uma mudança negativa ou a deterioração das políticas governamentais de apoio à inovação.
O Barômetro da Inovação consultou 2,8 mil executivos com cargos de liderança de 22 países – estes, envolvidos diretamente com a estratégia de suas empresas em relação à inovação e à tomada de decisão para que pudessem integrar a pesquisa.
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