resep nasi kuning resep ayam bakar resep puding coklat resep nasi goreng resep kue nastar resep bolu kukus resep puding brownies resep brownies kukus resep kue lapis resep opor ayam bumbu sate kue bolu cara membuat bakso cara membuat es krim resep rendang resep pancake resep ayam goreng resep ikan bakar cara membuat risoles
Questões do desenvolvimento - Inovação em pauta

2011 . Ano 8 . Edição 65 - 05/05/2011

Parques tecnológicos e incubadoras de empresas auxiliam setor produtivo a inovar e garantem desenvolvimento tecnológico ao país

Foto: Divulgação

rd65not06img01

Cena do filme “Minhocas”. Empresa incubada desenvolve primeiro longa-metragem brasileiro de animação stop-motion.

Considerados habitats de inovação, os parques tecnológicos tornam-se, cada vez mais, ferramentas estratégicas para o desenvolvimento econômico e tecnológico na economia do conhecimento. Ponte entre universidade e mercado, são responsáveis por desenvolver novos produtos, abrigar centros de pesquisa de grandes empresas, e dar suporte a novos empreendimentos, a partir das incubadoras.

Surgem da integração entre universidades, institutos de pesquisa, setor privado e órgãos públicos, para assegurar o desenvolvimento de atividades intensivas em conhecimento e tecnologia, com a criação de um ambiente favorável ao surgimento de novas empresas de base tecnológica. É muito comum que grandes empresas desenvolvam centros de pesquisa nesses habitats de inovação. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras, por exemplo, está localizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, emprega duas mil pessoas distribuídas em uma área de 122 mil metros quadrados.

As incubadoras e parques têm como objetivo criar novas gerações de líderes empresariais, que nasçam com a inovação no DNA. "As empresas de um país como o Brasil precisam ter três características: inovadoras, sustentáveis e globais", afirma Guilherme Ary Plonski, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

O Brasil possui parques tecnológicos de inovação em quase todos os estados, com exceção do Acre e de Roraima. As 400 incubadoras do país e 42 parques tecnológicos abrigam oito mil empresas e já graduaram, ou seja, já lançaram no mercado 1,7 mil novos empreendimentos. Estimativas mostram que esses negócios geram uma receita de R$ 3,5 bilhões por ano e criam 35 mil empregos diretos de mão de obra qualificada.

No Brasil, a inovação é vista como questão de política pública desde 2004, quando foi regulamentada a Lei 10.973, para criar um ambiente adequado para que as empresas inovem, enfatizando principalmente programas cooperativos entre setor produtivo e Instituições Científicas e Tecnológicas.

Os habitats de inovação estimulam um movimento empreendedor no entorno, "os mecanismos de incubação completam o triângulo do crescimento formado por pesquisa, ensino e inovação, já que 85% dos parques e incubadoras do país estão próximos a universidades, onde estão 80% dos pesquisadores", explica Plonski, acrescentando que a meta é criar dez mil empresas inovadoras até 2020.

PARQUES DO FUTURO Um dos modelos de parques existentes no país, o Sapiens Parque, localizado na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, possui 4,5 milhões de m2 e deve abrigar o Instituto do Petróleo, da Petrobras e um laboratório de farmacologia pré-clínica do Ministério da Saúde, ambos em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina. "Queremos consolidar um grande shopping de inovação", explica o diretor executivo do Sapiens, José Eduardo Fiates, destacando as quatro áreas consideradas de base: experiência, ciência, arte e meio ambiente.

Dez empresas de grande e pequeno porte já atuam no parque, desde a inauguração do marco zero, em abril de 2006. A AnimaKing, por exemplo, instalada em 2007, desenvolve animações gráficas para televisão e cinema e os 22 profissionais trabalham no primeiro longa-metragem brasileiro de animação stopmotion, chamado "Minhocas", com previsão de lançamento para este ano.

Os novos parques tecnológicos que estão surgindo no mundo têm como objetivo não só desenvolver novos produtos e empreendimentos, como também atrair pessoas com opções de cultura, lazer e educação. Isso porque o conceito original de um parque comum, como um espaço dedicado somente a empresas, está mudando. "Devem ser criados espaços mais abertos, para os quais não serão atraídas somente empresas, mas também pessoas, os chamados trabalhadores do conhecimento. Portanto, serão áreas habitadas, bairros, onde há residências, espaços para lazer, colégios e também incubadoras e empresas, explica Maurício Guedes, presidente da Associação Internacional de Parques Tecnológicos.



rd65not06tab01


Outro exemplo é o Porto Digital, parque tecnológico localizado no Bairro do Recife, na capital pernambucana. Assim como grande parte dos parques tecnológicos, o Porto Digital surgiu a partir de uma universidade, o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Estruturado como organização social, o que permite à entidade realizar contratos de gestão com o setor público, auxiliou a promoção da interiorização do conhecimento no estado de Pernambuco, bem como a revitalização daquele bairro histórico de Recife. Um dos principais destaques do parque é o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), que possui 95 empresas, 400 funcionários e parcerias com IBM e Microsoft, entre outras do setor. No total, o parque possui 135 empreendimentos.

Foto: Nicolau Priante Filho

rd65not06img02

Incubadoras sociais ganham impulso no Brasil. Na foto, processamento de couro de jacaré na Coorimbatá (MS)

INCUBADORAS As incubadoras possuem a função de fazer com que projetos tornem-se empresas, que depois do estágio de incubação podem lançar seus produtos no mercado. Além de espaço físico para a instalação de escritórios ou laboratórios, as incubadoras oferecem salas de reunião, auditórios, área para demonstração dos produtos, secretaria e bibliotecas, além de consultorias gerenciais e tecnológicas, que configuram os mais importantes serviços. Assim, o empreendedor pode se dedicar mais à pesquisa e ao desenvolvimento do produto até que ele tenha viabilidade de estar no mercado.

Para receber esse serviço, a empresa incubada precisa pagar uma taxa de condomínio. No caso do Centro Incubador de Empresas (Cietec) - espaço de empreendedorismo e inovação de São Paulo que está situado na cidade universitária da Universidade de São Paulo (USP) e é a maior incubadora do país -, o condomínio para empresas residentes é de R$ 1 mil. As 122 empresas do Cietec, desde sua criação em 1998, já receberam R$ 58,2 milhões em recursos de programas como os da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). É a partir desses financiamentos que as empresas desenvolvem seus projetos para que, num período de três anos, possam ser graduadas e chegar à fase mercadológica.

Em doze anos de incubação, as empresas do Cietec faturaram cerca de R$ 175,8 milhões. As exportações renderam às incubadas U$ 290 mil. De acordo com José Carlos Lucena, do Cietec, 30% das empresas incubadas fecham - o mesmo índice das empresas da incubadora que obtêm sucesso no mercado nacional.

Outro modelo que começa a ganhar impulso no país é o de incubadoras sociais. Também ligadas a universidades e centros de pesquisa, essas incubadoras auxiliam o desenvolvimento econômico de comunidades de baixa renda. É o caso da Arca Multincubadora, vinculada ao escritório de inovação tecnológica da Universidade Federal do Mato Grosso, e que abriga a Cooperativa de Pescadores e Artesãos de Pai André e Bonsucesso (Coorimbatá).

Foto: Imago Fotograf ia

rd65not06img03

Porto Digital, parque tecnológico localizado na capital pernambucana, auxiliou a promoção do conhecimento e a revitalização do bairro do Recife

Com a ajuda de pesquisadores da universidade, a Coorimbatá, criada em 1997, conseguiu prospectar novos negócios, além da pescaria e do processamento da carne de um peixe abundante no Rio Cuiabá, o Curimbatá. Hoje, 36 cooperados atuam no processamento de frutas regionais na forma de passas e doces, e outros 50 cooperados trabalham no processamento da carne de jacaré, vinda de abates na cidade de Poconé.

 
Copyright © 2007 - DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação sem autorização.
Revista Desafios do Desenvolvimento - SBS, Quadra 01, Edifício BNDES, sala 1515 - Brasília - DF - Fone: (61) 2026-5334