Carta ao leitor |
2007 . Ano 4 . Edição 32 - 7/3/2007 Carta ao leitor Definir qual matéria seria a capa desta edição foi particularmente difícil. O leque de opções era muito bom e precisaríamos, no mínimo, de duas capas para fazer justiça. Mas fomos obrigados a escolher uma, e a excelente reportagem "Concorrência para valer", sobre o setor de telecomunicações, acabou conquistando o primeiro lugar. Na matéria, Ottoni Fernandes Jr. mostra as conseqüências que a convergência de mídias está provocando entre as empresas de telecomunicações. As operadores de telefonia vendem conteúdo, os provedores de Internet oferecem ligações telefônicas, as TVs por assinatura dão acesso à Internet. enfim, as fronteiras são cada vez mais confusas e a legislação existente é insuficente para responder às necessidades do setor. Enquanto não se estabelece um marco regulatório abrangente, as companhias vão ocupando mais espaço com aquisições parciais, integrais, fusões etc. Vale a pena se informar, porque o debate sobre a mudança no Código Brasileiro de Telecomunicações deve ser destaque ao longo de 2007. A segunda reportagem que quase foi parar na capa é a sobre transplantes. O Brasil conta com excelentes profissionais, que nos colocam entre os países mais avançados em termos de transplantes. Porém, essa modernidade só existe na sala de cirurgia. O longo caminho que o paciente percorre desde o diagnóstico da doença até a operação é marcado por todo tipo de problema. Mutos médicos não estão preparados para identificar as condições e proceder à captação de órgãos, o que faz com que preciosas oportunidades sejam perdidas. Também não existe um cadastro nacional e unificado de pessoas na fila de espera, assim como não há estatísticas confiáveis e atualizadas para auxiliar os que procuram aprimorar as práticas. Mesmo assim, a reportagem traz boas notícias, já que o Ministério da Saúde está treinando equipes que vão ajudar a aumentar as doações e o número de cirurgias. Outra reportagem que também traz esperança está na página 46. Ela mostra as mudanças no perfil dos idosos. As pessoas vivem cada vez mais e melhor, e a sociedade se prepara para conviver com essa grande fatia da população que continua a produzir, consumir e exigir. Eles são a nova velha geração. Nesta edição, ainda discutimos o fenômeno da Argentina, que, cinco anos após uma tenebrosa crise econômica, cresce a taxas de 8% ao ano e atravessa uma onda de euforia das compras. Há uma reportagem sobre as falhas na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), um dos tributos que mais contribuem para melhorar a vida nas cidades; e outra que mostra 33 escolas públicas que, com criatividade e disposição, conseguiram driblar as difíceis condições sociais de seus alunos e obtiveram surpreendentes resultados positivos na Prova Brasil. Bons exemplos. Boa leitura! Andréa Wolffenbüttel, Jornalista Responsável Cartas ou mensagens eletrônicas devem ser enviadas para:
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