Indústria - Quem inova fatura mais |
2005. Ano 2 . Edição 12 - 1/7/2005
por Andréa Wolffenbüttel
As empresas que inovam mais faturam mais, pagam melhor e apresentam vantagens competitivas. Essa é a principal conclusão de um amplo estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) traçando o perfil da indústria brasileira em relação à inovação tecnológica. O tema está dividido em 17 capítulos que analisam desde a quantificação das firmas quanto à estratégia de inovação adotada até as conseqüências dessa postura em relação ao mercado exterior, à geração de empregos e à localização das empresas. Os gráficos e as tabelas mostrados abaixo foram extraídos do primeiro capítulo da pesquisa, chamada "Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras", organizada pelos diretores José Alberto De Negri e Mário Sérgio Salerno.
Critérios de classificação das empresas
- Firmas que inovam e diferenciam produtos são aquelas que realizaram inovação para o mercado e obtiveram acréscimos acima de 30% no preço de suas exportações quando comparadas com as demais exportadoras brasileiras do mesmo produto. - Firmas especializadas em produtos padronizados são aquelas cuja estratégia competitiva impõe que o foco de sua atuação seja a redução de custos, em vez da criação de valor, como na categoria anterior. Inclui as exportadoras que não estão no grupo anterior e as não-exportadoras que apresentam eficiência igual ou maior do que as que exportam. Tendem a ser atualizadas do ponto de vista operacional, da gestão da produção, gestão da qualidade de conformação e logística, que são imperativos para a sustentação de custos baixos. - Firmas que não diferenciam produtos e têm produtividade menor: todas as empresas que não se enquadram nas categorias anteriores. De um modo geral, engloba as tipicamente não-exportadoras, menores, que podem, inclusive, inovar, mas são menos eficientes nos mais variados sentidos.
|