Edição 60 - Seção de Ciência e Inovação - Desmatamento |
2010 . Ano 7 . Edição 60 - 28/05/2010 Desmatamento O Fundo Amazônia vai lançar um edital de apoio a pequenos projetos comunitários para atividades e ações de combate ao desmatamento na Amazônia. A medida pretende possibilitar o acesso de pequenas e médias iniciativas ou de baixo valor orçamentário aos recursos do fundo. O anúncio foi feito durante a 7ª reunião do Cofa (Comitê Orientador do Fundo Amazônia), realizada no fim de março, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), no Rio de Janeiro. Os projetos têm um prazo de execução de três a cinco anos, e devem ser consistentes e demonstrar resultados, de acordo com o governo. Os recursos do fundo - que teve um aporte de R$ 400 milhões em 2009 e 2010 - são destinados a projetos de fiscalização e monitoramento; pesquisa, ciência e tecnologia; criação e fortalecimento de unidades de conservação; pagamentos por serviços ambientais; apoio a atividades produtivas sustentáveis e à elaboração de projetos. O objetivo é promover uma cultura de preservação da floresta e preparar a sociedade para implementar ações que tragam esse resultado.
Embora a maior produção de conhecimento científico e tecnológico no País se concentre na região Sudeste, o Espírito Santo contribui com a menor parcela. Por isso, na Conferência Regional do Sudeste de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada no final de março, em Vitória (ES), foram levantadas propostas de investir na educação, incentivar uma maior participação dos municípios no segmento científico, tecnológico e de inovação e incrementar uma política de estado para o Espírito Santo. Um dos pontos de maior consenso é o que apresenta um conjunto de ações para fortalecimento da Amazônia Azul, que tem grande parte da sua expressão no litoral do Espírito Santo. As questões serão defendidas na 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em maio, em Brasília.
Já está funcionando o serviço de monitoramento hidrometeorológico, desenvolvido pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe/MCT), dedicado às atividades da Defesa Civil do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira. O sistema permite visualizar de forma rápida os níveis de chuva acumulada nas últimas 24 e 72 horas, em 22 municípios, indicando se estão ou não em níveis críticos, considerando os diferentes riscos geológicos de deslizamento na região. As atualizações da planilha de precipitação acumulada são processadas automaticamente pelo sistema do CPTEC e visualizadas em um mapa no portal http://bancodedados. cptec.inpe.br/monitoramento/, que permite acompanhar a situação de cada um dos municípios da região, integrantes do sistema. O portal possui ainda links que dão acesso a páginas do CPTEC, cujos conteúdos podem ajudar a Defesa Civil dos municípios a planejar suas ações. É possível consultar, por exemplo, imagens meteorológicas de satélites, dados de radares meteorológicos, localização de raios, queimadas, previsão numérica de tempo, boletins sinóticos de previsão de tempo, meteogramas, dados hidrológicos da bacia do Paraíba do Sul, entre outras informações.
Não há no Brasil informações sobre o número de cobaias criadas e utilizadas em laboratórios e em aulas em universidades. Por isso, o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) está cadastrando as instituições que usam ou criam cobaias - as mais utilizadas no País são ratos e camundongos. A partir do registro será mais fácil mapear a situação da experimentação animal no País. Para se credenciar no Concea, as instituições precisam ter comitês de ética - muitas delas já possuem. Os comitês têm a responsabilidade de aprovar os estudos que necessitam de animais. Uma das metas do conselho é que as agências de financiamento só liberem auxílios para pesquisas cujos projetos tenham sido autorizados previamente por esse tipo de comitê.
Parceria Cientistas e centros de pesquisas brasileiros participaram do projeto de acelerador de partículas, o maior experimento científico já feito sobre as forças fundamentais da natureza, o Grande Colisor de Hádrons (LHC na sigla em inglês). No final de março, os cientistas europeus fizeram o encontro de dois feixes de partículas subatômicas na velocidade próxima a da luz que liberaram uma grande quantidade de energia (calculada em 7 trilhões de (teraelétron-volts). Com o experimento, os cientistas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) acreditam que podem confirmar as teorias da formação do universo após o Big Bang. Outra expectativa é encontrar o Bóson de Higgs, chamada de Partícula de Deus, responsável pela massa de todas as outras partículas. Acredita-se que o Bóson de Higgs também é responsável por transformar gases em galáxias e até mesmo tornar possível o ambiente para a vida.
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), entidade ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), lançou em abril o Prêmio Finep de Inovação, que reconhece os empreendedores e as empresas mais inovadores do País. As inscrições estão abertas até 30 de julho e devem ser feitas pela internet, em formulários específicos postados no site http://www.finep.gov.br/ premio/. Este ano, além das seis categoriais tradicionais - Instituição de Ciência e Tecnologia, Micro e Pequena Empresa, Média Empresa, Grande Empresa, Tecnologia Social, Inventor Inovador e efetiva comercialização de suas criações nos últimos três anos -, a Finep também premiará as melhores práticas em Gestão da Inovação. Outra novidade da edição 2010 é que será aceita na categoria Tecnologia Social inscrição de Organizações Não Governamentais (ONGs) associadas a uma Instituição Científica Tecnológica (ICT). E pela primeira vez a categoria "Inventor inovador", que reconhece pessoas físicas, terá prêmios em dinheiro. Todos os vencedores do prêmio receberão recursos do programa de Subvenção Econômica, que vão de R$ 120 mil a R$ 2 milhões, para o desenvolvimento de projetos nas áreas de ciência, tecnologia e inovação.
Pela primeira vez, os brasileiros acessaram a internet com mais frequência em suas casas do que nas lan houses do país, de acordo com uma pesquisa divulgada em abril pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Segundo a quinta edição da Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil (TIC Domicílios), 48% dos acessos em 2009 foram feitos em casa e 45% em lan houses. Em 2008, 47% dos entrevistados afirmaram utilizar o centro pago para se conectar, índice superior aos que acessam de casa, que foi de 43%. O estudo indica ainda que 36% dos domicílios brasileiros possuem microcomputador - em 2008, o índice era de 28%. O acesso a internet, porém, está disponível em 27%, sete pontos percentuais a mais do que em 2008, e que a banda larga está presente em 66% das residências com conexão à internet. O número de lares com computador atingiu seu maior nível desde o início da pesquisa, mas o acesso à rede não acompanhou o aumento. Isso se deve porque há muitos lares com computador em casa, mas não têm acesso à internet por conta do alto custo do serviço. |