Edição 55 - Seção de Ciência e Inovação - Expedição |
2009 . Ano 7 . Edição 55 - 17/11/2009 Expedição Pesquisadores brasileiros a bordo do navio oceanográfico Cruzeiro do Sul estão na costa do continente africano. A ideia é coletar materiais para pesquisas meteorológicas. A equipe, composta por 16 cientistas de dez universidades e institutos de pesquisa, deverá retornar ao Brasil em dezembro. Outra expedição, a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano, fará a primeira viagem Austral. É a 23ª Operação Antártica.
O BNDES aprovou a criação de um fundo de investimentos em empresas emergentes (venture capital) voltado para ativos dos setores de biotecnologia e nanotecnologia. O novo fundo será no âmbito do Programa de Fundos de Investimento do BNDES, lançado em julho de 2008. A participação do Banco, via BNDESPAR, será de, no máximo, 25% do patrimônio comprometido do fundo. As propostas dos gestores interessados nesse fundo deverão ser elaboradas segundo o roteiro de informações para seleção e enquadramento divulgado no site do BNDES (www.bndes.gov.br).
O orçamento do BNDES Prosoft (Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia e Informação) aumentou de R$ 1 bilhão para R$ 5 bilhões. A decisão foi tomada pela diretoria da instituição em função do crescimento da demanda por recursos do programa, especialmente depois do lançamento da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), em maio do ano passado. Até julho de 2009, a carteira acumulada de projetos somou R$ 2,8 bilhões, equivalentes a quase 300 operações, concentradas nos últimos três anos, embora o programa tenha sido criado em 1999. Em 2006, as contratações acumuladas somavam cerca de R$ 425 milhões. Atualmente, a carteira de projetos no fluxo da análise do BNDES Prosoft já soma R$ 1,4 bilhão (entre operações contratadas, aprovadas, em análise e em perspectiva). O valor supera a iniciativa incluída na PDP para o desembolso do programa, de R$ 1 bilhão até 2010, do qual o setor é um dos destaques por ser considerado estratégico para a competitividade das empresas brasileiras. O BNDES Prosoft foi criado com o objetivo de estimular a indústria nacional do setor, de modo a ampliar sua participação no mercado interno, aumentar as exportações, fortalecer seu processo de pesquisa e desenvolvimento e inovação. O programa também contribui para promover o crescimento e a internacionalização das empresas nacionais da área, bem como a consolidação setorial. Para isso, dá apoio financeiro para investimentos e planos de negócios de empresas de software e serviços de tecnologia da informação com sede no Brasil e suporte à comercialização de seus produtos no mercado interno e nas exportações.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados realizou, no dia 6 de outubro, o seminário Competitividade da Indústria Brasileira de Tecnologia da Informação: a necessidade de uma nova Política Industrial para o segmento de hardware. Durante o debate, o secretário de Política de Informática do MCT, Augusto Cesar Gadelha, informou que o governo está decidido a prorrogar o prazo de vigência dos incentivos para o setor de informática, previstos na Lei do Bem. Segundo ele, há consenso sobre o impacto positivo da isenção de PIS/ Cofins para computadores, assim como a necessidade de manutenção da medida. Presente ao evento, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, disse que tanto a Lei de Informática quanto a Lei do Bem contribuíram para a elevação da produção de computadores e para a redução do chamado mercado cinza. Segundo ele, é preciso aperfeiçoar a Lei de Informática para atrair indústrias de semicondutores e revitalizar a indústria local, porque o crescimento da indústria de informática e de telefonia celular ampliou o déficit comercial do setor para quase US$ 15 bilhões em 2008, provocado pela importação de componentes eletrônicos.
A mina de Caetité, no interior da Bahia, quebrou o recorde de extração de urânio em setembro. Foram 51 toneladas produzidas, cinco a mais que a antiga marca atingida em maio último. A expectativa é a de que até dezembro a produção anual supere as 400 toneladas extraídas no ano passado. "Estamos investindo muito na exploração do urânio e também em tecnologias para que o Brasil se torne autossuficiente em produção e enriquecimento até 2014", afirma o presidente do Conselho Nacional de Energia Nuclear, Odair Gonçalves. Hoje, duas etapas do ciclo do combustível nuclear ainda não são feitas em território nacional. O minério extraído é enviado ao Canadá, onde é convertido para o estado gasoso, depois segue para a Europa para ser enriquecido e retornar ao Brasil. Apesar de ser desenvolvido por mão de obra estrangeira, o Brasil detém a tecnologia para o ciclo do combustível nuclear, mas faltam equipamentos para atender a demanda industrial. "É um processo que sabemos e podemos executar, mas ainda não é rentável ao País", explica Gonçalves.
Os municípios brasileiros terão à sua disposição um software público capaz de gerenciar em um único sistema as principais áreas da prefeitura. Trata-se do e-cidade desenvolvido para integrar áreas diversas do município como educação, controle de medicamentos, orçamento, finanças públicas, recursos humanos e tributação. A solução também permite gerir serviços que prestam atendimento ao cidadão ao gerar guias para pagamento bancário sem a necessidade de deslocamento. As prefeituras poderão acessar a ferramenta e-cidade no site www.softwarepublico.gov.br. A liberação do e-cidade é fruto de uma parceria entre a empresa Dbselller e a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento. Entre as suas funcionalidades estão a autorização, emissão e liquidação de empenhos totalmente integradas ao processo de aquisição e emissão de notas fiscais. O e-cidade também integra os módulos de compras com os almoxarifados, registra a prestação de contas e gerencia procedimentos como pagamentos de diárias e de restos a pagar.
A Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia vai criar um grupo de trabalho para elaborar um programa energético voltado para a produção de energia eólica, infraestrutura e a formação de recursos humanos para o setor. A decisão foi tomada em reunião com as entidades do segmento energético. A ideia é criar um programa de pesquisa, desenvolvimento e inovação em energia eólica. O coordenador do Curso de Pós- Graduação em Energia Eólica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Pedro Flores, fez uma apresentação das tecnologias utilizadas hoje na produção de energia eólica no mundo e as perspectivas para o Brasil.
A SLTI do Ministério do Planejamento vai recomendar que os órgãos públicos comprem computadores menos poluentes ao meio ambiente. Esses são equipamentos livres de chumbo e que utilizam quantidades reduzidas de ferro, alumínio, cobre, zinco, estanho, níquel, chumbo, cobalto, prata e ouro. Os chamados "computadores verdes" também são mais econômicos no consumo de energia e seus componentes são totalmente recicláveis. A especificação para a aquisição desses computadores está em fase de homologação pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e o Museu Nacional de História Natural (MNHN) da França firmaram convênio para a repatriação de dados genéticos de espécies autóctones da flora brasileira. O convênio permitirá a participação de estudantes brasileiros de nível doutorado e pós-doutorado no programa "herbário virtual", mediante o qual o MNHN pretende digitalizar cerca de 8 milhões de amostras vegetais constantes de seu acervo. |