2008 . Ano 5 . Edição 39 - 25/01/2008
Descentralização Pesquisa cresce mais no Norte, Nordeste e Centro-Oeste Cresce a tendência de descentralização dos grupos de pesquisa no Brasil. O novo censo divulgado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) identificou 21 mil grupos em atividade em 403 instituições, em 2006. Deste total, 50,4% estavam no Sudeste; 23,6% no Sul; 15,5% no Nordeste; 6,1% no Centro-Oeste; e 4,4% no Norte.
No entanto, em comparação com 2004,a taxa de crescimento do número de grupos de pesquisa nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ficou em torno de 17%, ante um aumento de 5% nas regiões Sul e Sudeste, no mesmo período. Foram registradas 76.719 linhas de pesquisa, principalmente nas áreas de medicina, agronomia, educação, química e física.
Parques tecnológicos Novo sistema começa a deslanchar em São Paulo O Sistema Parque Tecnológico do Estado de São Paulo começa a deslanchar. O vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Alberto Goldman, assinou três convênios no valor total de R$ 5,8 milhões, destinados aos parques de São José dos Campos, São Carlos e São Paulo. Em São José dos Campos, os recursos vão financiar a implantação de um condomínio empresarial e uma incubadora; em São Carlos, serão utilizados na compra de equipamento de prototipagem rápida, para apoiar o desenvolvimento de micro e pequenas empresas de base tecnológica; e na capital do estado, permitirão a expansão do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec).
Etanol Surge o primeiro fundo de private equity apoiado pela Finep A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), aprovou investimentos de R$ 20 milhões em um fundo de private equity para o setor sucroalcooleiro. Batizado com o nome de Terra Viva, o fundo será administrado pela DGF Gestão de Recursos, que vai aplicar R$ 300 milhões em até dez empresas, nos próximos quatro anos. É o primeiro fundo de private equity apoiado pela Finep, uma modalidade de investimento dirigido a empresas de médio porte, já consolidadas no mercado, mas que ainda não estão prontas para abrir capital na bolsa de valores. Desde 2001, a Finep já comprometeu cerca de R$ 112 milhões em 12 fundos de venture capital e capital semente que beneficiaram, até agora, 31 empresas.Entre 2008 e 2010, a Finep vai destinar R$ 330 milhões para cerca de 25 fundos de investimentos em empresas inovadoras, o triplo do total aplicado nos últimos seis anos. A expectativa é que seja alavancado mais de R$ 1,6 bilhão junto a investidores para beneficiar aproximadamente 300 empreendimentos.
Energia BNDES e Vale desenvolvem fontes renováveis A Vale (ex-Companhia Vale do Rio Doce) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram a criação da Vale Soluções em Energia S.A (VSE). A nova empresa vai trabalhar no desenvolvimento de processos de produção de energia de fontes renováveis a partir de pesquisas nas áreas de gaseificação de carvão térmico, de biomassa e da construção de turbinas a gás e motores pesados multicombustíveis. A mineradora quer utilizar as novas tecnologias para garantir seu abastecimento de energia. A Vale terá 51% do capital, a BNDESPar ficará com 44% e a empresa Sygma Tecnologia, Engenharia, Indústria e Comércio participará com 5%.A VSE vai operar o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Energia, com investimento inicial de R$ 220 milhões num período de três anos. O Centro será instalado no Parque Tecnológico de São José dos Campos, em São Paulo.
Biofabricação Rede une competência de sete países O Programa Ibero-Americano de Ciencia y Tecnología para el Desarrollo (Cyted), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), aprovou a formação da Rede Ibero-Americana de Biofabricação: Materiais,Processos e Simulação (Biofab), com duração até dezembro de 2010. A rede foi criada para reunir centros de pesquisa com competência científica e parceiros privados para a investigação sobre biofabricação, como síntese, processamento de novos processos, desenvolvimento de softwares para matrizes de suporte de engenharia de tecidos, entre outros. A Biofab é formada por Portugal, Brasil, Espanha, Argentina, Cuba, Venezuela e México, em um total de 19 grupos e 158 pesquisadores.
Angra 2 Combustível com maior eficiência energética Um convênio firmado pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) prevê a aplicação de R$ 8,5 milhões no projeto de desenvolvimento de novos combustíveis nucleares, materiais e peças para combustíveis nucleares, por um prazo estimado de três anos. A intenção é desenvolver um novo combustível para Angra 2 e outras centrais nucleares, com maior eficiência energética, ou seja, maior reatividade e menor quantidade de urânio enriquecido com redução da quantidade de resíduos radioativos. A INB já desenvolveu projeto semelhante em 1999, quando, em parceria com as empresas KNFC e Westinghouse, desenvolveu um novo combustível para Angra 1 - o 16 NGF (new generation fuel), que será incorporado ao núcleo do reator na próxima recarga, prevista para agosto de 2008. O projeto, que será iniciado ainda neste ano, tem a vantagem de promover a nacionalização dos componentes metálicos do novo elemento combustível, como mola, grade, bocais e filtros.
Espaço Cientista brasileira descobre estrelas órfãs Duilia Mello, cientista do Centro Goddard de Vôos Espaciais, da Nasa, descobriu um conjunto de estrelas órfãs - aglomeradas na forma de bolhas azuis - entre duas galáxias. Por se tratar de estrelas jovens, com menos de 30 milhões de anos - o que explicaria sua coloração azul -, suspeita-se que elas tenham sido geradas ali, no espaço entre galáxias, no meio do nada. Normalmente, a formação estelar ocorre em zonas de alta densidade de gases que só existem dentro das galáxias.Alguns astrônomos acreditam que as duas galáxias podem ter passado perto de colidir uma com a outra, há 200 milhões de anos, o que criou uma zona de turbulência na área de gás rarefeito, e possibilita que algumas estrelas nascessem na região menos densa. Isso explicaria por que o universo está "poluído"com nuvens de elementos mais pesados que o hidrogênio e hélio, produzidos nos núcleos das estrelas velhas e expelidos na sua morte. Quando isso ocorre dentro da galáxia, a "sujeira"fica contida pela gravidade.
Endopróteses Novos métodos para reparação de órgãos Um grupo de pesquisadores norte-americanos utilizou campos magnéticos e nanoesferas contendo óxido de ferro para enviar células saudáveis a locais específicos em vasos sangüíneos. Eles introduziram endopróteses (stents) de aço inoxidável nas artérias carótidas de ratos e utilizaram campos magnéticos para conduzir as células para o inte - O Programa Ibero-Americano de Ciencia y Tecnología para el Desarrollo (Cyted), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), aprovou a formação da Rede Ibero-Americana de Biofabricação: Materiais,Processos e Simulação (Biofab), com duração até dezembro de 2010. A rede foi criada para reunir centros de pesquisa com competência científica e parceiros privados para a investigação sobre biofabricação, como síntese, processamento de novos processos, desenvolvimento de softwares para matrizes de suporte de engenharia de tecidos, entre outros. A Biofab é formada por Portugal, Brasil, Espanha, Argentina, Cuba, Venezuela e México, em um total de 19 grupos e 158 pesquisadores. Biofabricação Rede une competência de sete países rior das estruturas. O campo magnético uniforme criou regiões de alta força magnética tanto nas nanopartículas - com 290 nanômetros de diâmetro - como nos stents, aumentando a atração entre o óxido de ferro e seu alvo. O estudo, realizado em animais, pode levar a novos métodos de reparação de órgãos humanos lesados ou doentes.
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