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Seção de Notas de Ciência Tecnologia - Genética

2006. Ano 3 . Edição 23 - 6/6/2006

Pesquisa Nair Rabelo
Texto Andréa Wolffenbüttel

 
Genética
Na batida do coração

A prevenção de mortes causadas por problemas cardíacos parece ter dado mais um passo à frente. Pesquisadores do Hospital John Hopkins (EUA), do Framingham Heart Study (EUA) e da Rede Nacional de Estudos do Genoma (Alemanha) identificaram um gene ligado à predisposição para o ritmo cardíaco anormal. Essa disfunção é uma das causas do que se convencionou chamar "morte súbita", responsável por cerca de 300 mil óbitos a cada ano só nos Estados Unidos. O gene NOS1AP foi encontrado quando os pesquisadores analisavam todos os 3 bilhões de letras do genoma, uma prática incomum, já que geralmente os estudos são focados em um único gene. Os estudiosos acham que o método diferenciado de análise foi o que possibilitou a localização desse gene, que nunca havia sido relacionado com a atividade cardíaca. O gene encontrado poderia alterar o intervalo de tempo consumido numa contração ventricular, normalmente de 0, 3 segundo. Pessoas com predisposição a morte súbita apresentam um intervalo muito curto ou muito longo. Os médicos acreditam que essa disfunção esteja presente em um terço dos pacientes cardíacos. Os autores da pesquisa estão otimistas com a descoberta, que poderá facilitar um diagnóstico precoce e possivelmente salvará a vida de muitos.

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Química
O sorriso da Monalisa

Todos sabem que o tempo é o maior inimigo das obras de arte. O contato com o ar e seus micróbios consome o brilho das cores e a nitidez dos traços. Agora, um professor da Universidade de São Paulo (USP) acaba de inventar um equipamento capaz de medir exatamente os estragos que determinado ambiente pode causar a óleos e aquarelas. O químico Andrea Cavicchioli, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), construiu um sensor baseado numa microbalança de quartzo. Ele consegue registrar as menores alterações ocorridas em matérias como tintas, vernizes e colas. O processo é simples. Para avaliar se o local é apropriado para receber um quadro, basta colocar lâminas ultrafinas dos elementos que compõem a peça sobre a balança e deixá-la no recinto por algum tempo. Ela indicará se ocorreu oxidação e quanto. Segundo o professor, a tendência atual é descobrir se existem fatores de risco antes que os danos aconteçam. Até agora, o dispositivo só avalia quatro substâncias diferentes simultaneamente, mas deve ser aprimorado para trabalhar com um número maior. Se todos tiverem o cuidado de usar a balancinha do professor Cavicchioli antes de expor as obras de arte, paisagens e retratos, manterão a beleza por muito mais tempo.

 

 

Robótica
Eva do terceiro milênio

 

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A estimativa de que a indústria de robôs será o motor da economia das próximas décadas tem levado o governo coreano a investir nesse segmento. A última novidade é EveR 1, uma robô com feições muito próximas das humanas. Apresentada em maio, ela foi construída pelo Instituto de Tecnologia Industrial Kitech. A andróide reproduz uma jovem coreana de 20 anos, com 1, 60 metro de altura e 50 quilos, e consegue estabelecer uma breve conversa com um vocabulário de 400 palavras. A palavra EveR vem da junção dos nomes "Eva"e "robô". Sua semelhança com humanos é impressionante porque ela é capaz de demonstrar expressões faciais de acordo com o que fala, além de olhar diretamente para seu interlocutor, ação permitida pelos 15 sensores localizados em sua cabeça que detectam a direção de onde vem o som da voz. Os pesquisadores prometem para o fim do ano o lançamento de uma versão melhorada da andróide, a EveR 2, que poderia ficar em pé ou andar, já que a primeira versão tem movimentos apenas da cintura para cima. Mesmo com essa deficiência, a professora EveR 1 causou profunda impressão nos alunos de uma escola de Seul, onde ficou exposta.

 

Biotecnologia
É menino ou menina?

Uma das dificuldades enfrentadas pelos criadores de alguns tipos de aves é descobrir qual o sexo do filhote que acaba de nascer. Algumas espécies levam até oito meses para apresentar alguma diferença entre machos e fêmeas. Para resolver a dúvida, normalmente se faz um teste com uma pena do animal ou com a coleta de sangue. Mas mesmo assim é preciso esperar um tempo até que as penas surjam ou até a idade em que é recomendada a coleta de sangue. Uma empresa instalada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), da Universidade de São Paulo (USP), a Exon Biotecnologia, consegue matar a charada mais rapidamente por meio da análise do material genético encontrado na casca do ovo. Em três dias, o criador recebe pela Internet a resposta e já pode dar o tratamento adequado à ave. O novo teste, que custa em média 12 reais, ainda tem a vantagem de não ferir o animal.

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Medicina
Diminuindo a distância

Os quilômetros que separam os hospitais universitários do país vão parecer menores graças à Rute, ou melhor, à Rede Universitária de Telemedicina. O projeto acaba de ser lançado e vai permitir o intercâmbio instantâneo de informações entre esses hospitais. Criada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e apoiado pela Associação Brasileira de Hospitais, a Rute pretende alcançar todas as 20 instituições até o final deste ano. Foram investidos cerca de 5 milhões de reais no sistema, que permitirá, além da troca de experiências médicas, consultas por videoconferências, análise de sinais e imagens médicas, radiologia por imagem e cursos de capacitação médica a distância. Também será possível colaborar com instituições do exterior por meio da Rede de Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (Clara), assim como com a Europa e América do Norte.

Computação
Nosso estagiário no Google

 

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Competição Internacional de programação de computador Instituto Nacional de Aeronáutica

Dentre um total de 83, as duas equipes brasileiras de alunos de Engenharia da Computação conseguiram bons resultados na maior competição internacional de programação de computador, patrocinada pela IBM e realizada em abril na cidade de Santo Antônio, no Texas. Estudantes do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) obtiveram a 13ª colocação na 30. ª edição da Association for Computing Machinery (ACM) International Collegiate Programming Contest, ganhando o posto de campeões da América Latina. Em cinco horas, a equipe formada por três alunos respondeu quatro das dez questões propostas. O outro time, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), ficou com o 19º lugar. Humberto Silva Naves, do ITA, alegra-se com o desempenho do grupo:"O resultado foi muito bom. Foi a primeira vez que o Brasil conseguiu uma colocação assim". O professor Armando Ramos Gouveia, que acompanhou os estudantes do ITA, afirma que essa conquista conta muito no currículo dos estudantes, valendo até mais do que uma iniciação científica. Prova disso é o estágio que foi oferecido pela empresa Google para Carlos Stein, do ITA. O professor lamenta, no entanto, a falta de apoio governamental, o que limita o estímulo para que o país participe de mais competições. Ele acredita que o governo não perceba a importância dessas ações.

Indústria automobilística
Os transformers que se cuidem

Ainda não se construiu nada parecido com os famosos transformers dos desenhos animados, que eram automóveis mutantes, capazes de transformar-se em robôs, mas a indústria alemã está desenvolvendo um carro que consegue mudar de forma para proteger os passageiros. Pesquisadores da transnacional Siemens estão construindo um veículo equipado com sensores que percebe quando um impacto lateral vai ocorrer e ativa um mecanismo metálico embutido na porta que muda o formato do carro e reforça a ligação da porta com a carroceria. As colisões de lado ocorrem com a mesma freqüência das dianteiras e traseiras, mas oferecem muito mais perigo porque há menos matéria entre o local do choque e o corpo da vítima. Os protótipos têm radares na frente e atrás, e câmaras instaladas nas janelas. Esses equipamentos enviam informações ao computador de bordo, que capta a iminência do acidente. Os testes reais de impacto com o novo veículo devem começar em 2008.

 

 
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