Eu, robô |
2005. Ano 2 . Edição 13 - 1/8/2005 O corpo humano é uma máquina tão complexa que nenhuma das linguagens de programação existentes serviu para desenvolver um modelo virtual de coração. Os cientistas do Laboratório da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, tiveram de criar uma linguagem específica para ser usada nos supercomputadores que farão uma simulação do sistema cardiovascular. A nova ferramenta chama-se Titanium, um dialeto derivado da linguagem Java, especializado em simulações detalhadas da dinâmica dos fluidos em estruturas biológicas. O objetivo é usar o ambiente artificial para testes de tratamentos. Inicialmente será criado um modelo genérico, que depois poderá ser adaptado a cada paciente, com suas peculiaridades, de modo que permita checar todos os efeitos que determinado medicamento possa ter sobre o organismo sem que o o indivíduo corra risco algum - uma variação digital dos bonecos usados pelos fabricantes de carros em testes de impacto. A doutora Katherine Yelick, chefe da equipe de pesquisadores do projeto, sonha alto e acredita que um dia será possível criar uma versão virtual completa, com todos os órgãos, imagens e histórico médico de uma pessoa, na qual seriam realizadas as simulações antes de qualquer intervenção real. Até lá, o "clone" genérico servirá para fins didáticos de medicina. |