Planetas mais além |
2005. Ano 2 . Edição 12 - 1/7/2005 O Brasil acaba de formalizar sua participação na missão espacial francesa Corot, cujo nome deriva das iniciais das palavras Convection, Rotation et Transit planetáires. O objetivo do empreendimento é o estudo das vibrações das estrelas e a localização de planetas fora do sistema solar, especialmente os telúricos. A parceria inclui a presença de cientistas brasileiros nas equipes de desenvolvimento de software e de interpretação das informações. Um dos compromissos do Brasil será coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e consistirá na recepção de dados do artefato espacial por uma antena localizada em Alcântara (MA), fundamental para o melhor aproveitamento da missão. "Antes, iríamos observar 40 mil estrelas; agora, serão 60 mil, o que aumenta ainda mais a chance de descobrirmos planetas", ressalta o presidente do Comitê Corot-Brasil, Eduardo Janot, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). A outra antena de recepção estará em Madri, na Espanha. O lançamento do telescópio Corot está previsto para julho do ano que vem. Ele deve manter contato com a Terra por, pelo menos, dois anos e meio. As instituições brasileiras ligadas ao projeto são o Inpe, o Observatório Nacional, o Laboratório Nacional de Astrofísica, as universidades federais de São Paulo (USP), do Rio Grande do Norte (UFRN), de Minas Gerais (UFMG), do Rio de Janeiro (UFRJ), de Santa Catarina (UFSC), do Rio Grande do Sul (UFRGS), e as universidades estaduais de Feira de Santana (UEFS) e de São Paulo (Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá/Unesp). |