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2005. Ano 2 . Edição 9 - 1/4/2005 por Mônica Teixeira "Uma análise do baixo grau de inovação na indústria brasileira a partir do estudo das firmas menos inovadoras" é o título do capítulo preparado pelos pesquisadores Victor Prochnik, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Rogério Araújo, do Ipea. Essas empresas são 77% do total das firmas industriais brasileiras; se a taxa de inovação aumentar entre elas, haverá impacto positivo no desenvolvimento do país. Para desenhar contornos de políticas, os pesquisadores se debruçaram principalmente sobre a Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e sobre levantamentos similares realizados na Alemanha e na Espanha. Os autores distinguem quatro estratégias em relação à inovação no universo das firmas de menor produtividade. O estudo descobriu, por exemplo, que parte delas não inovam. São quase 40 mil empresas pequenas, em setores pouco intensivos em tecnologia, e em que o ciclo de mudança de produto ou processo é longo. Entre as que inovam, a maioria inova em processo quando compra uma máquina nova. Nesse sentido, os autores concluem que o setor de bens de capital está no centro da questão da inovação e deve ser objeto de intensa política industrial. |