2005. Ano 2 . Edição 8 - 1/3/2005

por Mônica Teixeira

A implementação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) começou a andar bem depressa. O governo conseguiu aprovar a lei que criou a Agência no Congresso para sanção da Presidência antes de 2004 acabar; no dia 2 de fevereiro, divulgou a regulamentação da lei e a nova diretoria; e no dia 17 deu posse aos membros do Conselho de Desenvolvimento Industrial, que supervisiona o novo órgão do sistema S (Sesc, Senai, Sebrae e outros). A Agência pretende ser a sede da articulação de instrumentos e medidas de implementação da Política Industrial, Científica e Tecnológica lançada em 2003. Uma das chaves para o sucesso da tarefa é o fato de, na ABDI, os ministérios do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia (MCT) andarem de mãos dadas. Entre os nomeados para cargos de direção na entidade, estão três dos quatro integrantes do chamado "grupo executivo" da fase de formulação da política industrial: Alessandro Teixeira, atualmente na Agência de Promoção de Exportação (APEx), que será o presidente; Mário Sérgio Salerno, que deixará o cargo de diretor do Ipea para ocupar a diretoria de Desenvolvimento Industrial; e Edmundo de Oliveira, assessor especial do Ministério da Fazenda, escolhido coordenador. Carlos Alberto Aragão, físico da UFRJ, responderá pela diretoria de Inovação e foi designado pelo MCT. O quadro será de 60 funcionários e a previsão de orçamento varia de 12 a 20 milhões de reais, dependendo da arrecadação do sistema S. A ABDI deve iniciar suas atividades até o final do mês de março.