Política industrial para APL deve levar em conta o ambiente institucional |
2005. Ano 2 . Edição 8 - 1/3/2005
por Mônica Teixeira
Chega neste mês à página do Ipea o "Texto para discussão sobre política industrial e arranjos produtivos locais (APL)", de Lenita Turchi, do Instituto, e Eduardo Noronha, da UFSCar. O artigo inova ao iluminar o lugar dos marcos legais que formam o ambiente institucional em que está inserido um arranjo produtivo para seu êxito; e se baseia em pesquisa realizada em 2004 com as empresas do setor de confecções de Jaraguá, em Goiás (Desafios, número 4). Os autores postulam que características macroinstitucionais importam para o sucesso de um APL, para além das relações de cooperação e competição, tema predominante na literatura.
No caso em estudo, um dos sinais de êxito do APL de Jaraguá aparece em sua trajetória rumo à legalização e à formalização dos empreendimentos - que começaram copiando e pirateando marcas para chegar à opção por marcas próprias; acompanhou o processo um "expressivo" aumento da produção e do emprego. A pesquisa identificou o momento atual como sendo de formalização das empresas e de "construção de um ambiente institucional de apoio". No tocante à questão do APL como gerador de emprego, os pesquisadores argumentam sobre a necessidade de promover melhoria nas condições de trabalho, eliminar o trabalho infantil e a informalidade. As boas políticas para promover o desenvolvimento das atividades produtivas locais devem estar associadas a políticas de emprego e qualificação da mão-de-obra local.
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