A França se move |
2005. Ano 2 . Edição 7 - 1/2/2005 por Mônica Teixeira
As receitas de exportação do Rio Grande do Norte vêm, principalmente, do agronegócio - que responde por 2/3 da pauta do estado. O campeão das exportações é o camarão produzido em cativeiro, em seguida, as culturas irrigadas de frutas - mamão, banana e melão. A floricultura poderá disputar essas posições se os planos do pesquisador Paulo Viegas Rodrigues e do empresário Leonardo Pessoa derem certo. Juntos, criaram a Biocampo - razão social Califórnia Biotecnologia Agrícola. Nascida em 2000 para produzir e vender mudas de banana-leite (banana-maçã, no Sudeste), a empresa agora trabalha para dar escala à cultura da helicônia (foto). As helicônias têm grande durabilidade e valor agregado. Mas o agricultor precisa esperar de 12 a 18 meses antes de colher as primeiras flores e a muda custa até 40 reais - o que faz faltar helicônia para o mercado externo. Juntos, os produtores de helicônias do Nordeste não conseguem atender à demanda: um único importador italiano compraria o dobro da quantidade que a região hoje é capaz de oferecer. A tecnologia que a Biocampo está desenvolvendo pretende atender a essa expectativa de mercado. Ela encurta o intervalo até a produção de flores, e permite produção em escala das mudas - como já mostram ensaios no campo e no laboratório. "Podemos modificar radicalmente o cenário de mudas e flores para exportação no Brasil", diz o entusiasmado Leonardo. De seu pai, dono de uma tradicional fábrica de laticínios potiguar, a Biocampo recebeu quase todo o investimento até agora: 300 mil reais. A empresa obteve, em 2002, duas bolsas RHAE, programa do CNPq que apóia o P&D de empresas |