Sem inovação não haverá sustentabilidade |
2005. Ano 2 . Edição 7 - 1/2/2005 por Mônica Teixeira Uma promessa de campanha do presidente Lula começa a ser cumprida pela Transpetro, a subsidiária da Petrobras: em novembro, a empresa lançou o edital para contratação da construção de 22 petroleiros no país, um investimento de 1,1 bilhão de dólares até 2010. Haverá outras 20 encomendas na segunda fase, e mais 800 milhões de dólares. A ambição do programa vai além dos navios: pretende obter a "retomada sustentável" da indústria naval. Sustentável quer dizer capaz de competir no mercado dominado por estaleiros asiáticos com alto desenvolvimento tecnológico. Buscando injetar tecnologia na construção naval do país, a Transpetro e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) decidiram aproximar os engenheiros que fazem pesquisa na academia dos consórcios que obtiverem as encomendas. O governo pretende concentrar os pedidos em dois ou três estaleiros para garantir escala. A idéia é atuar formando especialistas nas regiões onde os navios serão construídos e usar o conhecimento do setor acadêmico para solucionar os problemas práticos de toda a cadeia de fornecedores navais. O financiamento público à inovação virá através de recursos próprios da Transpetro, e do mais novo fundo setorial, o Fundo do Transporte Aquaviário e Construção Naval, constituído com 3% dos recursos do Fundo da Marinha Mercante. Para cumprir a tarefa, o MCT calcula que o programa precisará de 30 milhões de reais em 2005.
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