O aprendizado ativo também está na base da inovação |
2005. Ano 2 . Edição 6 - 1/1/2005 por Mônica Teixeira O que separa Taiwan e Coréia do Sul do Brasil e do México? Para os quatro países, a industrialização chegou no século XX. Mas, enquanto os dois asiáticos já se aproximam do padrão de economias desenvolvidas, o passo do desenvolvimento econômico e da inovação no México e no Brasil é claramente mais lento. Eduardo Viotti, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), doutorou-se estudando o que, para ele, faz a diferença: o fato de o país organizar sistemas de aprendizado ativo ou passivo quando realiza mudanças técnicas. As empresas daqui, argumenta Viotti no Texto para Discussão 1057, publicado na página do Ipea (www.ipea.gov.br), satisfazem-se em aprender a fabricar um produto - o que as leva, por exemplo, a aceitar caixas-pretas quando introduzem novas tecnologias. Nos países asiáticos, a decisão empresarial é outra, de conquistar o domínio da nova tecnologia e aperfeiçoar os produtos - não apenas fabricá-los como são. O Brasil tem a ganhar se passar da passividade para a atividade no aprendizado das tecnologias, beneficiando-se do menor risco envolvido e da possibilidade de retorno dos investimentos no curto prazo. O título do TD é: Technological Learning Systems, Competitiveness and Development (Sistemas de Aprendizado Tecnológico, Competitividade e Desenvolvimento) e foi apresentado pelo autor numa conferência internacional para estudar o desenvolvimento de Taiwan.
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