Para substituir importações dos laboratórios de análises clínicas |
2005. Ano 2 . Edição 6 - 1/1/2005 por Mônica Teixeira A revista Nature Biotechnology publicou em dezembro suplemento especial sobre biotecnologia para saúde em sete países emergentes - entre eles o Brasil. No tópico "indústria", o relatório informa que existiam, em 2001, 354 empresas do setor no país, ante 76 em 1993 - dados da empresa de consultoria norte-americana International Business Strategies publicados em 2003. Entre as empresas, o estudo dos canadenses destaca a FK Biotecnologia. Sediada em Porto Alegre, a FK quer entrar no mercado de kits para diagnósticos no país - fornecendo, por exemplo, testes para gravidez. Segundo Fernando Kreutz, seu fundador e executivo principal, esse mercado movimenta 420 milhões de dólares anuais, e é 99% dominado por empresas estrangeiras. Médico graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com doutorado no Canadá em imunodiagnósticos - que é a área de concentração da empresa -, Kretz conta que o faturamento da FK - de 120 mil reais em 2004 - pode saltar para 5 milhões de reais para 2005: a empresa acaba de importar a máquina que vai dar escala à tecnologia desenvolvida na bancada. A produção poderá atingir mil testes por hora. Mas o produto de maior valor agregado potencial da FK é uma vacina para câncer de próstata, com patente depositada no Inpi, e que já passou pela fase I de testes em humanos, com bons resultados. Essa é a razão do destaque para a FK no estudo. |