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Lembranças amargas

2006. Ano 3 . Edição 18 - 1/01/2006

Albino Castro

estante3

No Exílio
Elisa Lispector
José Olympio Editora, 2005, 206 p., R$ 32,00

Ucranianos judeus, os Lispector, pai, mãe e três filhas, chegaram, finalmente, à América, em 1922, na ensolarada Maceió, depois de perambularem, por quase três anos, pelo Leste Europeu. Uma das três filhas, Clarice, a caçula, desembarcou no colo da mãe. A irmã mais velha, Elisa, tinha 11 anos e chegou profundamente marcada pelos pogroms presenciados na aldeia natal ucraniana. Os Lispector teriam se salvado graças aos "erros" do pai, que nunca estava onde deveria estar, e à astúcia da mãe. Elisa, que se tornaria escritora, como a irmã Clarice, teve toda a obra influenciada pela infância. Sobretudo em No Exílio, publicado pela primeira vez em 1948, e que ganha, agora, nova edição.

Os massacres dos judeus na Rússia czarista e nos primeiros anos do comunismo são relatados, muitas vezes, até de forma rude e fria. É a obra mais autobiográfica de Elisa. Ela descreve os pogroms, a fuga da Ucrânia, subornando sanguinários soldados e funcionários, a chegada a Maceió, a mudança, três anos mais tarde, para Recife e, em 1937, para o Rio de Janeiro. A distância geográfica que separou as irmãs Lispector da trágica Rússia dos pogroms, e mesmo da Mitteleuropa que falava yiddisch, não impede a universalidade da obra de ambas. No Exílio não é uma obra escrita para o "gueto" judaico. É um livro para todos os que acreditam no direito dos indivíduos.

 
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