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Seção de Notas

2007 . Ano 4 . Edição 31 - 5/2/2007

Pesquisa Andréa Wolffenbüttel
Texto Eliana Simonetti

 
Safras
Otimista, mas nem tanto


A alta dos preços domésticos de produtos agrícolas importantes, em função das altas respectivas dos preços internacionais, está animando o setor. O caso mais destacado é o do milho, cuja cotação subiu devido ao aumento de sua utilização na produção de etanol nos Estados Unidos. Isso bastou para aumentar também os preços da soja e do trigo. Outro fator positivo é a queda na cotação do petróleo, o que ajuda a diminuir os custos de transporte e os preços de insumos agrícolas. Entretanto, esse vento a favor, após dois anos de condições climáticas adversas, aumentos de custos, queda dos preços internacionais e apreciação cambial, encontra o setor muito endividado. Como o sistema financeiro costuma reduzir a concessão de empréstimos novos a um setor muito endividado, o resultado poderá ser que a retomada da atividade agrícola não vá além da mera recuperação dos níveis de produção de 2004/05.

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Agricultura
Plantas do futuro


O Brasil possui 775 espécies de plantas de potencial valor econômico que não estão sendo exploradas, embora haja condições para seu aproveitamento industrial imediato. Um exemplo é a goiaba serrana, natural do Brasil, que é ingrediente de sucos, biscoitos, geléias, óleos e até champanhe na Nova Zelândia. A descoberta surgiu de um levantamento feito pelo projeto Plantas do Futuro com recursos do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (Probio). Neste ano, serão lançadas cinco publicações - uma para cada região do país - com informações detalhadas sobre o potencial das 775 espécies, denominadas plantas do futuro. Entre elas 148 são ornamentais, 99 medicinais, setenta alimentícias e frutíferas, 31 oleaginosas e nove aromáticas. Objetivo: divulgá-las e incentivar seu uso sustentável.

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* Dados parciais/ Fonte: MTE

Escravidão
Luta pela liberdade
Em 2006 foram libertados 3. 187 trabalhadores mantidos em situação de escravidão no Brasil, segundo levantamento preliminar do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). É bastante gente, mas a queda em relação a 2005 foi significativa: 26, 7%. Na avaliação dos técnicos do MTE, a criação de grupos móveis de fiscalização, que agem pontualmente atendendo a denúncias, parece ter provocado mudanças no comportamento dos empregadores. Houve também a adesão de cem empresas e associações ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, coordenado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Instituto Ethos. Para que a situação melhore, aguarda-se a votação, na Câmara dos Deputados, em Brasília, da Proposta de Emenda Constitucional 438, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, que prevê o confisco de terras, sem indenização, onde forem encontrados trabalhadores mantidos em regime de escravidão. O quadro ao lado ilustra a evolução dessa luta.

Campo de obras
Recorde de licenças


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu 278 licenças para empreendimentos de infra-estrutura no ano passado - um recorde que, segundo o organismo, indica que os projetos começam a se concretizar. Foram 143 para rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e aeroportos. Outras 85 envolveram planos de instalação e regularização de usinas hidrelétricas, termoelétricas e nucleares, além de linhas de transmissão de gasodutos. O Instituto emite três tipos de licença: a prévia, baseada na análise de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental; a de instalação, quando o cronograma da obra é aprovado; e a de operação, para o funcionamento de obras concluídas. Em janeiro, 35 pedidos de licença prévia aguardavam análise.

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Pobreza
Novas medidas de desigualdades
Os dados sobre as disparidades no planeta são sempre espantosos. Os mais recentes foram divulgados no Relatório de Desenvolvimento Humano 2006, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Para fazer as comparações, o estudo calcula o Produto Interno Bruto per capita, considerando o poder de compra da moeda em cada país, e uniformiza os parâmetros em dólar (fórmula indicada pela sigla PPC US$). Traz informações sobre as desigualdades dentro dos países e entre eles. Assim, revela que a receita média de um brasileiro de baixa renda é quinze vezes inferior à auferida pelos 10% mais pobres habitantes de sete países: Noruega, Japão, Finlândia, Irlanda, Suécia, Áustria e Bélgica. As pessoas mais abastadas vivem nos Estados Unidos, em Hong Kong e em Cingapura. A parcela mais miserável da população mundial está na Bolívia (recordista em disparidade, onde os ricos ganham 157 vezes o que recebem os mais pobres) e em três países africanos - Serra Leoa, Níger e República Centro-Africana. Os indicadores permitem estimar, por exemplo, que um pobre de Serra Leoa teria de trabalhar mais de 4 mil anos para alcançar a renda que um norte- americano rico embolsa em doze meses.

 

 

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Ecoturismo amazônico
Aventura sim, mas com conforto


A Amazônia poderia receber 3 milhões de visitantes ao ano - um potencial de crescimento turístico da ordem de 650%. O cálculo é produto de entrevistas com 36 mil especialistas no ramo e viajantes de onze países. Mas, como nada cai do céu, todos demonstraram interesse pelo ecoturismo - desde que com conforto e organização. Recomenda-se, portanto, investimento em infra-estrutura, capacitação de pessoas e adoção de tecnologias ambientalmente corretas para que o potencial turístico da região possa ser aproveitado. Criado em 1999, o Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal (Proecotur), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), tem como objetivo criar ambiente sustentável para investimentos e, ao mesmo tempo, garantir a proteção dos atrativos da Amazônia. Foi ele, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que encomendou o estudo. Assim, um movimento mais acentuado de promoção das belezas da região no exterior só deverá ser feito quando houver estrutura capaz de receber visitantes sem danos ambientais. MMA e Ministério do Turismo planejam a abertura de linhas de crédito que estimulem o empreendedorismo privado na área.

Plataforma ampliada
Tanto mar, tanto mar. . .

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2004, o Brasil solicitou ampliação de seu espaço marinho à Organização das Nações Unidas (ONU), como parte do Plano de Levantamentos da Plataforma Continental Brasileira (Leplac), desenvolvido pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm). A área pleiteada inclui uma faixa que vai do Rio Grande do Sul ao Espírito Santo e outra que se estende do Amapá ao Ceará. A região ainda é pouco conhecida, mas existe a possibilidade de encontrar, ali, material biotecnológico para produção de medicamentos, petróleo e metais de potencial comercial. A decisão será tomada pela ONU nos primeiros dias de abril. Se for positiva, a Plataforma Continental Brasileira saltará de 3, 5 milhões para 4, 4 milhões de quilômetros quadrados. Especialistas garantem que há razões para otimismo.

 
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