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Giro

2007 . Ano 4 . Edição 30 - 11/1/2007

Pesquisa Andréa Wolffenbüttel
Texto Eliana Simonetti

 
Tempo de mandacaru

Para conter o deserto

Acaba de ser criado o primeiro centro de estudos sobre desertificação do Brasil, o Núcleo de Pesquisa de Recuperação de Áreas Degradadas e Combate à Desertificação (Nuperade). Foi fixado em local apropriado, atingido pela erosão e cercado pelos quinze municípios que compõem uma das maiores áreas contínuas desertificadas do país, onde vivem 68 mil pessoas.O Nuperade tem sede em Gilbués, a 797 quilômetros de Teresina (PI).A entidade é coordenada pela Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

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Biodiversidade

A mata Atlântica é protegida por lei. E o cerrado?

Demorou catorze anos, mas, às vésperas de debutar no Congresso, a Lei da Mata Atlântica - instrumento de preservação e recuperação da biodiversidade de um sistema profundamente degradado - foi aprovada em 29 de novembro de 2006.Além de definir a extensão do bioma e garantir a conservação e restauração dos remanescentes, o texto legal prevê o estabelecimento de fundos, linhas de crédito para proprietários preservacionistas e tratamento diferenciado para comunidades tradicionais.Resolvida essa questão, outra ganhou realce: a necessidade de proteção do cerrado.A pressão dos agricultores, em geral produtores de soja, é grande - e contrária a qualquer restrição a seus negócios. No estado de São Paulo, atualmente, menos de 13% da cobertura original nativa do cerrado está mantida. A necessidade de ação é urgente.

O jogo virou

Brasil é investidor produtivo no exterior

A compra da canadense Inco, segunda maior produtora de níquel do mundo, pela brasileira Vale do Rio Doce, por 18 bilhões de dólares - mais do que o dobro dos 13, 6 bilhões de dólares recebidos pelo país em investimentos externos diretos (IED) em 2006 -, sem dúvida foi um marco.Mas, de maneira geral, nunca as empresas brasileiras compraram tantos negócios no estrangeiro como no ano passado. Segundo o Banco Central, entre janeiro e outubro de 2006 as companhias brasileiras investiram 22, 8 bilhões de dólares em outros países.Um estudo da Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, mostra os setores que estão se internacionalizando para aproveitar melhor o mercado globalizado: siderurgia, mineração, alimentação, papel e celulose e construção civil. Se os lucros forem investidos no Brasil, especialmente em infra-estrutura que permita acelerar o crescimento interno, o país sairá ganhando.

América do Sul

Caminhos de integração

Desde os tempos da estrada de ferro Madeira-Mamoré se busca encontrar uma solução para que os produtos brasileiros tenham acesso ao oceano Pacífico. A mais recente novidade, discutida em dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo futuro presidente do Equador, Rafael Corrêa, poderá beneficiar brasileiros, equatorianos, peruanos e bolivianos, entre outros, incrementar negócios e também a tão acalentada integração sul-americana. Trata- se da implantação de um corredor multimodal que inclui estradas, pontes, viadutos e portos." Falamos de integração e da infra-estrutura necessária para isso. Não pode haver integração sem desenvolvimento, sem estradas e pontes unindo os países", disse o presidente eleito do Equador. O investimento estimado na obra é 2, 5 bilhões de dólares - parte com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


Usado remoldado

Rima ou solução?

Pneu usado é problema em todo o planeta. No Japão, seus restos chegam a formar montanhas que são como ilhas no oceano - de fato. A Organização Mundial do Comércio (OMC) considera que cada país deve encontrar a melhor solução para seus dejetos e proíbe a exportação de pneus usados. No dia 11 de dezembro, o Itamaraty entregou à OMC um segundo documento na tentativa de impedir a entrada de pneus usados e reformados da União Européia no Brasil.As justificativas: eles são focos de dengue e prejudicam o meio ambiente, já que sua queima em cimenteiras e sua utilização na composição de manta asfáltica ou na engenharia civil não absorvem todo o lixo produzido.Há, no entanto, empresas que atuam no ramo. Instalada na região metropolitana de Curitiba, no Paraná, a BS Colway, fabricante de remoldados, garante que seus pneus (12 milhões desde o ano 2000) são de qualidade, 30% mais baratos do que os novos, e que a companhia incentiva a coleta no Paraná. Importa, em média, 130 mil carcaças por mês."As condições das estradas européias são ótimas e os produtos usados são de boa qualidade", afirma Amauri Bonatto, supervisor de importação da BS Colway. A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), por seu turno, alega concorrência desleal e risco de queda nos empregos e nos investimentos.Ambientalistas apontam outros problemas: afinal, quando o pneu remoldado se torna inservível, é um passivo ambiental para o país.A definição final da OMC deve ser divulgada ainda neste mês.

Exemplo pró-inclusão

Deficientes eficientes

A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, na segunda semana de dezembro de 2006, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Estima- se que cerca de 650 milhões de pessoas, ou 10% da população mundial, tenham algum tipo de deficiência. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 24, 5 milhões - 14, 5% da população -, dos quais apenas 80 mil estão empregados. Desde 1999, empresas públicas e privadas que operam no país estão obrigadas por lei a destinar uma cota de vagas a essa gente - o que não se cumpre por falta de pessoal preparado para o trabalho ou por acomodação do empresariado. Pois bem, a Cooperativa Agrícola Cocamar, de Maringá, no Paraná, tomou uma iniciativa exemplar: criou um processo de seleção de trainees específico para quem tem necessidades especiais e cuidou de sua qualificação.Desde o final de 2005, quando o programa foi criado, cerca de cem deficientes passaram pelo processo. Muitos receberam ofertas de outras companhias e mudaram de emprego.Sinal de que não falta espaço para a inclusão.

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Sinal amarelo

Os chineses vão às compras

Quem avisa é a empresa de consultoria McKinsey: na China, o número de famílias de classe média ou superior saltará de 43 milhões, em 2005, para 337 milhões em 2025.No mesmo período, o percentual de pobres cairá de 77, 3% para 9, 7%.Considerando a população total do país, de 1, 3 bilhão de habitantes, é possível afirmar que está se formando um mercado consumidor e tanto. Segundo Thomaz Machado, presidente da consultoria China Invest, o país tem muito dinheiro, necessita de alimentos, mas sofre por falta de energia e enfrenta problemas com a poluição - itens em que o Brasil pode contribuir.Pena que a muralha da China não seja tão fácil de vencer.Em 2006, a exportação de soja brasileira para o país aumentou 66%.Resultado:o país já estuda medidas protecionistas.

Celulose

Papel nos pampas

As empresas brasileiras Aracruz e VCP e a sueco-finlanesa Stora Enso estão plantando, cada uma, 100 mil hectares de eucalipto e construindo fábricas de celulose no Rio Grande do Sul. O investimento soma 4 bilhões de dólares.Explicação: a celulose é matéria-prima para o papel, cujo consumo cresce em países em desenvolvimento.O Brasil é campeão planetário em área disponível para o plantio de eucalipto.Encerrou 2006 como o sexto maior produtor mundial. Assim, tudo indica que os campos gaúchos se transformarão num enorme eucaliptal.Mas a questão tem outra face.Preocupa os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) porque o plantio de espécies únicas facilita a disseminação de doenças entre as plantas e destrói lavouras de pequenos proprietários.

 
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