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Sem perder o fôlego - Aquecimento do mercado mundial e estratégia das empresas aumentam as exportações

2005. Ano 2 . Edição 15 - 1/10/2005

Aquecimento do mercado mundial e estratégia das empresas aumentam exportações

Edna Simão

As exportações brasileiras não param de bater recordes, apesar de os empresários do setor reclamarem que a valorização do real em relação ao dólar tira a competitividade de nossos produtos no mercado internacional. Ficaram ultrapassadas até mesmo as previsões do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, que prometera alcançar exportações de 100 bilhões de dólares anuais até o final do atual governo. Mas essa meta foi atingida em fevereiro deste ano e em agosto passado as vendas externas já estavam na casa dos 111,2 bilhões de dólares, no acumulado de 12 meses. Sem dúvida, o crescimento do comércio internacional, puxado pela China e pelos Estados Unidos, contribuiu para o crescimento das exportações brasileiras, mas existem razões de ordem estrutural para justificar o sucesso do Brasil como exportador.

No início da década de 90, pouco mais de 8 mil empresas brasileiras vendiam seus produtos no mercado externo. De lá para cá, com a abertura das fronteiras do país para o mundo, esse número saltou para algo entre 18 mil e 20 mil e as exportações passaram a estar mais presentes nas estratégias das companhias para incrementar os negócios. Agora, o objetivo não é apenas abastecer o mercado interno e exportar o excedente, mas sim agregar valor aos produtos para garantir e ampliar a atuação no mercado mundial. A pauta brasileira de exportação, ainda que fortemente dependente de produtos com baixo índice de industrialização, passou a incluir mercadorias de maior valor agregado, como é o caso dos aviões, telefones, automóveis e caminhões.

Déficit A decisão do governo de colocar as exportações como prioridade foi fundamental para que o país revertesse os consecutivos déficits na balança comercial entre 1995 e 2000. Em 1994, quando 1 real chegou a corresponder a 1 dólar, os produtos importados invadiram o país. A situação só começou a se reverter em 1999, quando houve a desvalorização do real e passou a vigorar o sistema flutuante, em vez do fixo. Os resultados positivos apareceram somente em 2001, quando o Brasil conseguiu registrar um superávit na balança comercial de 2,6 bilhões de dólares. Desde então, as exportações têm ganhado importância para as empresas e, conseqüentemente, para o crescimento econômico do país. Atualmente, a venda de produtos brasileiros aos estrangeiros é a maior financiadora do balanço de pagamentos - que contabiliza todas as negociações entre o Brasil e o exterior -, contribuindo para a redução da vulnerabilidade externa. Para o diretor de Estudos Setoriais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), João Alberto De Negri, os consecutivos recordes nas exportações brasileiras refletem uma mudança gradual de comportamento do empresariado, iniciada com a abertura comercial. "Antes, as empresas exportavam apenas o excedente de produção. A partir de 1994, houve uma mudança na estratégia das empresas, que passaram a enxergar as exportações como um componente de crescimento independente do mercado doméstico", explica. As empresas exportadoras abriram novos mercados no exterior e não querem perdê-lo, mesmo quando o real se valoriza frente ao dólar, diminuindo a competividade dos produtos brasileiros em outros mercados. É fato que a cotação do dólar, que esteve favorável às exportações entre 2002 e 2004, agora está jogando contra os empresários. A "choradeira" é que a desvalorização da moeda norte-americana está comprometendo as margens de lucro e poderá influenciar, no médio prazo, na redução do fôlego das exportações. Por enquanto, o que se vê é que ela não pára de crescer. O professor titular aposentado do Instituto de Economia da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzzo, acredita que os números brasileiros poderiam ser bem melhores se o câmbio estivesse favorável às exportações no início dos anos 90 e se o país tivesse aproveitado o boom de investimentos estrangeiros existentes no mundo na época. "Poderíamos ter avançado muito mais", afirmou.

Diante das reclamações dos empresários em relação ao câmbio, por que as exportações brasileiras não param de crescer? Muitos economistas, empresários e acadêmicos não pensam duas vezes para dar a resposta. Acreditam que esse movimento está atrelado ao crescimento internacional e ao aumento do preço das commodities, sem contar a decisão das empresas de incluir as exportações na estratégia de crescimento. O coordenador da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato Fonseca, acha que a valorização do real frente ao dólar não vai prejudicar as exportações no curto prazo. "Não se sabe o que vai acontecer em 2007. O câmbio deve retornar para o patamar de 3 reais por dólar. O que está mantendo as exportações é o fato de muitas empresas terem conquistado novos mercados", sustenta Fonseca. De Negri concorda que a valorização cambial não deve prejudicar no curto prazo as exportações brasileiras. Isto é porque as empresas fizeram contratos de longo prazo com seus clientes no exterior e devem cumpri-los para não perder mercado. Para Marcelo Nonnenberg, economista do grupo de acompanhamento de conjuntura do Ipea, os exportadores raciocinam no prazo longo e não respondem tão rapidamente às variações nas taxas de câmbio. "Se o exportador perder os mercados que conquistou, ficará muito difícil retomá-los. É melhor perder por dois ou três meses do que sair agora e perder a fatia de mercado para outro país", afirma Nonnenberg.

 

Saldo As montadoras, por exemplo, já começaram a fazer suas contas e estão pensando em revisar alguns contratos de exportação, pois não conseguem repassar para os preços o aumento de custos, como o do aço, e a valorização do real frente ao dólar diminui a competitividade no exterior. Para Rogelio Golfarb, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e diretor de assuntos corporativos da Ford, o crescimento das exportações conjuga dois fatores: o esforço da indústria em fabricar produtos modernos e competitivos (investimentos nas montadoras e em autopeças, no período de 1994 a 2004, foram de 29,2 bilhões de dólares) e a retomada, ou o crescimento, dos mercados internos, como Argentina, Estados Unidos, México, países andinos e Chile. As exportações do setor como um todo (montadoras e autopeças) atingiram, em 2004, 13,8 bilhões de dólares, gerando um saldo positivo na balança comercial de 6,8 bilhões de dólares. A perspectiva para 2005 é que o segmento exporte mais de 15 bilhões de dólares. As montadoras instaladas no Brasil exportaram 538.800 unidades de janeiro a agosto deste ano, o que representa um aumento de 31,5% em relação ao mesmo período do ano passado (409.668 unidades). Somente no caso da Ford, foram destinados ao exterior 88.125 unidades de janeiro a agosto de 2005, com aumento de 32% sobre o mesmo período de 2004, enquanto o faturamento chegou a 895 milhões de dólares nos oito primeiros meses deste ano, superando em 36% os 657 milhões de dólares obtidos no mesmo período do ano passado. A montadora está compensando os custos e o efeito da valorização do real com a venda do EcoSport e do Fiesta Sedan ao mercado europeu.

"A questão cambial é preocupante, mas temos a expectativa de que venha a ter uma evolução favorável para as exportações brasileiras em geral. Falta de lucratividade nas exportações, aliada à pressão de custos de insumos na produção, cria um cenário de dificuldades, que certamente pode afetar o ritmo dos investimentos setoriais. É preciso uma política industrial estável, de longo prazo, que assegure a competitividade nos planos interno e externo", diz o presidente da Anfavea.

A Volkswagen teve de aumentar o preço dos veículos exportados para o México para compensar as perdas com a apreciação do real. A atitude, segundo a assessoria de imprensa da montadora, gerou diminuição das vendas para aquele país, que foram amplamente compensadas pela exportação do Fox para a Europa, onde já foram colocados 100 mil veículos neste ano. Atualmente, as exportações representam 35% da produção total da companhia no Brasil. Os principais compradores são Europa, México, Argentina, Rússia, Egito, América Latina e Estados Unidos. Em 2004, a Volkswagen exportou 208.595 veículos. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, esse valor chega a 174.336 unidades. A expectativa deste ano é chegar a algo próximo a 250 mil unidades exportadas.

A General Motors do Brasil, que registrou recorde de exportações em 2004 - com receita bruta de 1,3 bilhão de dólares, referente ao embarque de 181 mil veículos - também reclama da atual taxa de câmbio e prevê apenas repetir o resultado do ano passado. A valorização do real fez a montadora reduzir de 80 mil para 69 mil a meta de exportação para o México, seu principal mercado de exportação a partir do Brasil.

O cenário é semelhante para os setores têxtil e de calçados, que, além do efeito dólar, sofrem forte concorrência dos produtos chineses. A alternativa para os exportadores de produtos industrializados não perderem mercado é investir em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e agregar mais valor aos produtos, afirma a economista Fernanda De Negri, do Ipea. A pesquisa "Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras", feita pelo Ipea, mostra que as empresas que investem em inovação possuem probabilidade 17% maior de exportar do que as companhias não inovadoras. Além disso, os importadores aceitam pagar preços mais elevados por produtos de maior valor agregado. A fabricante de calçados Grendene conseguiu diminuir o impacto da valorização cambial e da competição dos importados investindo no desenvolvimento de novos designs para seus produtos. "O câmbio prejudica a competitividade dos produtos brasileiros, mas temos buscado compensar isso com novos desenhos, agregando valor ao produto e adotando alternativas de distribuição", afirmou Doris Wilhelm, gerente de relações com os investidores da Grendene. Outro caminho encontrado foi vender calçados (sem a marca Grendene) aos grandes varejistas norte-americanos e abrir novos mercados na Europa. Além disso, a empresa procura dar preferência a modelos que possuem design diferenciado, como a sandália Melissa, que não teve suas vendas no exterior afetadas pela cotação do dólar. No ano passado, a Grendene, que atua em 57 países e está entre as 500 maiores exportadoras do país, colocou no exterior cerca de 20% de sua produção de 145,5 milhões de calçados. As exportações garantiram 15% do faturamento de 1,5 bilhão de reais registrado em 2004.

O grupo Camargo Corrêa tem aplicado em tecnologia para ganhar mais espaço no mercado internacional. "Estamos investindo em inovação. Compramos equipamentos com tecnologia de ponta para agregar valor aos nossos serviços", afirma Carlos Fernando Namur, diretor de projetos internacionais da empresa, que exporta serviços, como projetos de construção de hidrelétricas e de estradas, para vários países da América Latina. Conquistar contratos no exterior é uma maneira de contornar o problema da falta de investimento em infra-estrutura do governo brasileiro.

 

Quebra O setor de agribusiness, que é o carro-chefe das exportações brasileiras, também tem reclamado da valorização do câmbio, que está afetando a rentabilidade do setor, segundo informa Antonio Donizete Beraldo, chefe do departamento de assuntos internacionais de comércio exterior da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). A CNA já espera um ritmo de crescimento menor para o segmento do próximo ano. Com a quebra de safra da soja - provocada, principalmente, pela estiagem prolongada no Rio Grande do Sul -, a previsão é que a exportação de grãos caia. Por outro lado, a expectativa é que essa redução seja compensada pela venda de carne. "O setor industrial pode reduzir a produção para amenizar os prejuízos. Na agricultura, isso não dá para acontecer. Uma vez colhido, o produto precisa ser vendido, independentemente do preço", diz Beraldo.

O efeito câmbio, no entanto, tem impacto diferente em cada setor. É o caso das empresas brasileiras exportadoras de minério de ferro, que têm conseguido aumentar suas vendas, mesmo com o real apreciado. Enfim, o mercado é fortemente comprador, especialmente porque a vigorosa demanda da economia chinesa mantém os preços aquecidos. As oscilações cambiais também não afetam o setor petroquímico. “A indústria petroquímica é ‘dolarizada’, pois compramos e vendemos em dólar. Além disso, o Brasil se tornou um país mais competitivo”, garante Alexandrino de Alencar, vice-presidente de relações institucionais da Braskem. Para manter as vendas no mercado internacional, a Braskem investe 50 milhões de reais por ano em tecnologia. No ano passado, a empresa exportou 700 milhões de dólares. A expectativa de Alencar é atingir em 2005 a marca de 1 bilhão de dólares, o que corresponderá a 20% do faturamento total da companhia.

Promoção Embora as empresas exportadoras sejam afetadas de maneira diferenciada pela cotação da moeda norte-americana, as exportações tendem a crescer mais devagar nos próximos anos. Em 2004, as vendas brasileiras no exterior aumentaram 32%, acima do crescimento das exportações mundiais, que foi de 20%. O economista Fernando Ribeiro, da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), calcula que as exportações brasileiras crescerão cerca de 20% em 2005, enquanto o comércio mundial deverá aumentar entre 15% e 20%. “A desaceleração é lenta, mas já é sensível e deve continuar em 2006”, prevê. É mais otimista a previsão de Ivan Ramalho, secretário executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, para quem as exportações deverão continuar crescendo devido, principalmente, ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo governo na conquista de novos mercados e também na diversificação de produtos. Segundo Ramalho, as vendas brasileiras ao exterior vêm crescendo nos mercados tradicionais, como Estados Unidos e Argentina, além de ganhar mais espaço em mercados não tradicionais, como África e Oriente Médio. “Hoje estamos menos dependentes de flutuações regionais da demanda”, explica Ramalho, lembrando que no primeiro semestre deste ano as exportações para a China caíram 6%, mas no conjunto não houve queda nas vendas brasileiras. “A indústria brasileira está passando por um processo bastante dinâmico. Tivemos crescimento das exportações em 2004 e continuaremos tendo em 2005”, acrescenta o secretário.

Para Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco, o aumento das exportações está atrelado, principalmente, ao “sorriso que o mundo está dando aos emergentes”. Não houve queda no ritmo das exportações neste ano, apesar da apreciação cambial de 2005, devido a mudanças estruturais do comércio exterior, como a conquista de novos mercados. Além disso, o Brasil virou base exportadora de veículos, autopeças e eletroeletrônicos, ao mesmo tempo em que ganhou envergadura como exportador mundial de carne, minério de ferro, produtos de aço, papel e celulose e commodities agrícolas. Barros lembra que o número de empresas exportadoras aumentou depois da desvalorização cambial de 1999, que estabeleceu um patamar de câmbio real mais competitivo. O número de empresas brasileiras que exportam mais de 100 mil dólares por ano subiu de 7.053 de janeiro a julho de 2004 para 8.035 no mesmo período deste ano. Isso implica maior diversificação das exportações e menor risco diante de quedas localizadas das vendas.

O número de empresas brasileiras que exportam passou de 8 mil no início da década de 90 para 20 mil atualmente, tornando as vendas externas menos dependentes de flutuações localizadas

As montadoras instaladas no Brasil exportaram 538.800 unidades de janeiro a agosto de 2005, com aumento de 31,5% sobre o mesmo período de 2004

A diversificação da pauta de exportações contribuiu para o crescimento das vendas

Raquel Salgado é proprietária de uma fábrica de bijuterias em Minas Gerais que tem apenas cinco anos de vida, mas fechou seu primeiro contrato de exportação de 2004, graças à rodada de negócios realizada pela Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (Apex-Brasil) durante o Ano do Brasil na França. A Rasa Acessórios conseguiu colocar 1,5 mil peças nos balcões das Galeries Lafayette, sofisticada loja de departamento francesa. “A grande vantagem de levar seu produto para fora é que você tem a oportunidade de conhecer melhor os clientes e a concorrência”, afirma Salgado.

A Apex-Brasil procura abrir as portas do mercado internacional para pequenas e médias empresas de 55 setores da indústria brasileira, que já respondem por 63% das exportações do país. O objetivo da agência é realizar, ao longo de 2005, cerca de 550 eventos de promoção dos produtos brasileiros em lojas de departamentos e feiras setoriais, com o envolvimento de 15 mil empresas, afirma Juan Quirós, presidente da Apex. Em 2003, a participação de 8.196 empresas de micro, pequeno e médio portes em 410 eventos nacionais e internacionais gerou vendas de bilhões de dólares. Em 2004, foram 500 eventos e 13,5 mil empresas participando, com um movimento de 12 bilhões de dólares, segundo os dados da Agência.
Para apoiar as exportações dessas empresas de menor porte, foi necessário criar centros de distribuição de produtos em Miami, nos Estados Unidos, e em Dubai, nos Emirados Árabes. “A Apex precisa ser um instrumento facilitador das exportações das micro e pequenas empresas, que contribuem para conquistar novos mercados e diversificar nossas exportações”, conclui.

Os sucessivos recordes das exportações brasileiras têm sido um dos principais responsáveis pelo financiamento das contas externas do país e, conseqüentemente, pela redução das vulnerabilidades. O Banco Central prevê que as exportações brasileiras fechem o ano em 114 bilhões de dólares e que as importações cheguem a 76 bilhões de dólares, garantindo superávit comercial de 38 bilhões de dólares. Apesar desses resultados, a participação do Brasil no comércio mundial continua por volta de 1%. “Estamos acompanhando uma tendência. Não estamos mal no comércio internacional, mas também não fizemos nada diferente, e por isso não conseguimos crescer muito na economia mundial”, afirmou o diretor executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Julio Gomes de Almeida.

A diversificação dos produtos exportados contribui para o bom resultado, pois em 2004 entraram na pauta de exportações 600 novos produtos e com isso o país vende hoje cerca de 9 mil itens. Atualmente, 70% da pauta brasileira é de produtos manufaturados e semimanufaturados. Os produtos de média e alta intensidade tecnológica chegam a representar 30% da pauta. Entre os principais produtos exportados estão: material de transporte, produtos metalúrgicos, complexo soja, carne, químicos, petróleo e combustíveis, minérios e equipamentos elétricos.

O sucesso do comércio exterior brasileiro ajudou o país a ficar menos vulnerável às crises externas, pois o valor das exportações anuais é quase suficiente para pagar a dívida líquida externa versus exportações. No início de 2000, a dívida líquida era quatro vezes superior às exportações anuais e a melhoria desse indicador de solvência é muito positiva, afirma Marcelo Nonnenberg, economista do grupo de acompanhamento de conjuntura do Ipea. Ele adverte, porém, que países emergentes, como Chile, Peru, Indonésia e Rússia, ostentam uma razão entre dívida externa e exportações anuais inferior a 1, motivo pelo qual são considerados de baixo risco para os investidores estrangeiros.

 
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