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Rio 2016, o plano de uma cidade

2009 . Ano 7 . Edição 56 - 10/12/2009

 

Pedro Paulo Carvalho

Iniciamos a jornada para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. A expectativa em relação ao Rio de Janeiro é a maior da história, pela projeção que a cidade e o Brasil têm no cenário internacional e pelo ineditismo de ser a primeira edição do evento na América do Sul. Isso é estimulante; mas, ao mesmo tempo, aumenta a nossa responsabilidade. Temos de aproveitar o momento para trazer à cidade um salto de desenvolvimento e qualidade de vida, a ser coroado com a organização dos melhores jogos olímpicos da história.

O projeto olímpico do Rio foi escolhido porque está sintonizado com o plano estratégico da cidade e seu projeto de futuro. Mais da metade do orçamento olímpico está voltado para projetos de infraestrutura e de mobilidade urbana, que são cruciais para o nosso desenvolvimento. A experiência de Barcelona (em 1992) serve para nós como referência de como o maior evento esportivo do planeta pode catalisar transformações. "Os jogos têm de servir à cidade", ensina Pascal Maraguall, prefeito de Barcelona à época dos jogos.

Até lá, a tarefa será longa e árdua. Alguns projetos, como o corredor expresso de ônibus Transcarioca (também chamado de Corredor T-5), que fará o transporte de massa da Barra da Tijuca à Penha passando por diversos bairros da Zona Oeste e Zona Norte, levarão alguns anos para serem concluídos e enfrentarão percalços naturais no caminho. A sociedade vai acompanhar e cobrar o andamento dos projetos em tempo adequado. Primamos pela transparência desde o início, ao divulgarmos o monitoramento das ações, valores e contratos em uma página na internet (www.transparenciaolimpica.com.br).

A Prefeitura é fundamental na condução desses projetos, mas não está sozinha. Outras instâncias, como o Poder Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Município, têm suas próprias responsabilidades. O Corredor T-5, por exemplo, exigirá mais de três mil desapropriações para se tornar realidade. Não é algo simples e fácil de viabilizar. Entretanto, sabemos que ele representará uma mudança fundamental na capacidade de locomoção na cidade, representando a primeira ligação transversal de transporte coletivo de grande capacidade, com característica integradora com os eixos de transporte radiais, tendo sido concebido como um corredor fechado, seguindo o conceito da tronco-alimentação. Ele é simplesmente fundamental para o Rio, não só para os Jogos Olímpicos, mas também, e sobretudo, para a população da cidade. Assim como o T-5, todos os projetos de infraestrutura que constam na proposta olímpica do Rio são, antes de tudo, voltados para atender às necessidades e melhorar a qualidade de vida da população de nosso município.

A manutenção do bom entendimento entre os três níveis de governo, que foi decisivo na nossa escolha como sede dos Jogos de 2016, também será crucial. A continuidade do diálogo entre a Prefeitura e os governos municipal e estadual e a ideia de que, unindo forças, vamos ajudar a estruturar não só uma cidade, mas todo um país mais desenvolvido, próspero e eficiente é essencial para o sucesso na realização da Olimpíada. Ninguém realiza um evento desse porte sozinho. E o Rio não tem vocação para o isolacionismo.

O Congresso Nacional também tem papel muito importante. Deu um grande passo ao aprovar o "Ato Olímpico", que ratifica as garantias oferecidas pela União para a realização dos Jogos. E poderia debater ainda a extensão do endividamento dos municípios não somente para projetos continuados, mas incluir os projetos da proposta olímpica.

Sem dúvida, o esforço de todos será recompensado. Além das transformações visíveis no panorama da cidade, agrega-se o valor intangível, que é o maior legado olímpico. A dinâmica gerada pela coordenação de expectativas dos agentes econômicos permitirá à cidade ampliar sua taxa de crescimento e facilitar a retomada de sua centralidade com olhar para o futuro. E desenvolver ao máximo sua vocação reconhecida internacionalmente, na profissionalização do setor turístico e de serviços, na agregação de valor e aumento do bem-estar social.

Contamos com a vantagem de ter a humildade de aprender com as edições anteriores dos Jogos Olímpicos. Foram acertos e erros que nos ensinaram várias lições. Atenas enfrentou problemas de governança que prejudicaram o andamento dos projetos. Os fatos trágicos ocorridos com a delegação israelense em Munique (em 1972) revelaram a importância do investimento em segurança. Montreal (em 1976) teve problemas na montagem na engenharia financeira para financiar os gastos, o que serve de alerta.

Essa Olimpíada, com certeza, vai servir à cidade do Rio. E não o contrário, como aconteceu em várias sedes pelo mundo. Esse é o nosso objetivo e o compromisso da Prefeitura com os cariocas e todos os brasileiros. O desafio olímpico é grande, mas o espírito é movido pela vontade e determinação de superação.


Pedro Paulo Carvalho é secretário-chefe da Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro

 
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