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Pesquisadores analisaram as colaborações acadêmicas no Brasil

Conclusões destacam a importância de conceber políticas e programas que promovam o envolvimento das universidades com parceiros além das empresas

Em artigo publicado em fins de agosto na revista Journal of Regional Science, os pesquisadores Tulio Chiarini, do CTS-Ipea, Marcia Siqueira Rapini e Alexandre de Queiroz Stein, ambos do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), analisaram as colaborações acadêmicas no Brasil.

Eles se debruçaram sobre quase 9 mil colaborações envolvendo 4.497 grupos de pesquisa em universidades e 4.603 organizações não acadêmicas de todas as regiões do país, usando dados do Censo do Diretório dos Grupos de Pesquisa da Plataforma Lattes do CNPq.

Verificaram, entre outras coisas, que as empresas não são os únicos parceiros a colaborar com as universidades. Muitos grupos de pesquisa também desenvolvem projetos com entidades governamentais e do terceiro setor, como sindicatos, cooperativas, instituições de saúde e fundações, as quais têm concentração local.

No estudo, os autores também constataram que os grupos de universidades das regiões Sul e Sudeste tendem a colaborar mais com parceiros das mesmas regiões em comparação a grupos de instituições do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

As conclusões destacam a importância de conceber políticas e programas que promovam o envolvimento das universidades com parceiros além das empresas, especialmente porque, nas regiões periféricas, o terceiro setor tem o potencial de impactar o desenvolvimento local e contribuir para a formação de sistemas regionais de inovação inclusivos.

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