Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade

A pesquisadora Graziela Ferrero Zucoloto, do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (CTS-Ipea), participou, no início de abril, de um webinar sobre o cenário de patenteamento do trastuzumabe e do pertuzumabe, dois anticorpos monoclonais utilizados no tratamento do câncer de mama do tipo HER2+, um dos mais agressivos.

Organizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o evento teve como base um estudo inédito do Grupo Técnico de Inteligência em Propriedade Industrial. Criado no âmbito do Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual e coordenado pelo INPI, o grupo avaliou os pedidos de patente relacionados aos dois anticorpos, analisando, em particular, disputas, acordos e compras públicas envolvendo o trastuzumabe.

O estudo também traça um panorama das patentes depositadas no Brasil relacionadas a anticorpos monoclonais voltados ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama HER2+, com destaque para aqueles que atuam sobre receptores do fator de crescimento epidérmico (EGFR). Além disso, apresenta a visão de empresas sobre os principais desafios e oportunidades no setor de medicamentos biológicos.

Zucoloto concentrou sua análise especificamente no caso do trastuzumabe. Ao lado de Irene von der Weid, do INPI, examinou o perfil produtivo e tecnológico do medicamento, caracterizando as patentes associadas, identificando disputas — como litígios e oposições administrativas —, parcerias entre instituições e aquisições realizadas por meio de compras públicas. Sua fala pode ser vista aqui, a partir do minuto 25.