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Desburocratizar para competir, por Lygia da Veiga Pereira

Produção científica brasileira ganharia competitividade se houvesse mais diálogo entre os diferentes agentes para diminuir a burocracia e o desperdício de recursos

Lygia da Veiga Pereira, pesquisadora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva da Universidade de São Paulo (USP), comenta como o conhecimento acumulado nas pesquisas com células tronco levou ao desenvolvimento de novos testes e tratamentos para diferentes doenças. No entanto, ela observa que as expectativas com promessas terapêuticas só serão atingidas com investimento constante e desburocratização da produção científica.

Para ela, a burocracia é o maior entrave ao desenvolvimento científico brasileiro, por gerar enorme desperdício de recursos, e o país seria muito mais competitivo se, ao lado do financiamento às pesquisas e à formação de recursos humanos em ciência, houvesse mais agilidade para a produção do setor. Para isso, ela afirma faltar vontade política e diálogo entre os diferentes agentes, sem o que recursos preciosos serão desperdiçados.

Na entrevista, gravada em novembro de 2019 durante o lançamento do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade do Ipea, a pesquisadora ressalta que parte significativas dos investimentos em ciência acaba perdendo valor em decorrência dos excessivos entraves para a obtenção de insumos, prestação de contas e engessamento de recursos, o que faz o país perder competitividade internacional.

 

*Caso não consiga visualizar o vídeo, acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=IsxHzMiHK6Q&t=2s