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Proteômica acelerada por inteligência artificial promete revolução farmacológica
Estimativas de alta precisão de estruturas 3D de proteínas devem inaugurar nova era para a biologia e o desenvolvimento de novos medicamentos
First published in 08/03/2021 - Last updated in 08/17/2021 às 9:24 pm
Desde o Projeto Genoma Humano, iniciado em 1990 e concluído em 2003, tivemos duas décadas de avanços incrementais na prometida “revolução genética” da biologia e sua aplicação na medicina. A etapa revolucionária seguinte, que aumentaria a aplicabilidade do conhecimento gerado a favor da saúde humana diria respeito à expressão genética na forma de produção de proteínas e a compreensão das atividades e funções no organismo dessas moléculas essenciais para a vida.
O início dessa nova era, da proteômica avançada, acaba de ser anunciado pelas duas mais conhecidas e prestigiadas revistas científicas do mundo, a partir de um novo marco tecnológico, que permite estimar a estrutura atômica tridimensional das proteínas com rapidez e alta precisão.
Dois grupos de pesquisa, um deles sediado no Reino Unido e o outro nos Estados Unidos, desenvolveram modelos computacionais que, operando com inteligência artificial (mais especificamente, o chamado machine learning, “aprendizado computacional”), já previram a estrutura de centenas de milhares de proteínas humanas e de outros organismos, como bactérias e insetos, e deverão completar em breve o mapeamento 3D de todo o proteoma humano.
Se for cumprida a promessa de precisão dessas estimativas e de sua disponibilização em bancos públicos acessíveis para pesquisadores ao redor do mundo, tanto a ciência básica quanto a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e produtos, incluindo novas gerações de medicamentos mais seguros e eficazes, receberão um poderoso impulso.
Acesse o artigo “Predição de alta acuidade de estrutura proteica para o proteoma humano”, publicado pela revista Nature, clicando aqui.
Acesso a notícia “Novo banco de dados público de predição por inteligência artificial de estruturas proteicas pode transformar a biologia”, da revista Science, clicando aqui.