Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos
A análise dos dados recentes da balança comercial mostra redução do saldo, causada tanto por queda nas exportações quanto por aumento nas importações, mas principalmente pelo último. Os termos de troca, relevantes para o nível de atividade, que cresceram em 2023, têm oscilado em 2024, mas a média dos primeiros oito meses deste ano é 5,6% superior à do mesmo período do ano passado.
No balanço de pagamentos, o déficit em transações correntes nos primeiros sete meses deste ano foi maior em US$ 13 bilhões do que no mesmo período do ano passado, aproximadamente dobrando de valor – em percentual do PIB, passou de 1% para 2%. Uma reclassificação dos criptoativos eliminou uma das fontes de diferenças entre a balança comercial do Banco Central e a da Secretaria de Comércio Exterior.
O real passou por significativa desvalorização em junho e em julho, apesar de o dólar não ter se valorizado em relação a outras modas conversíveis e do diferencial de juros ter se alterado em favor do real. O aumento do risco-país medido pelo CDS, este compatível com a perda de valor da moeda, ocorreu ainda em outros países latino-americanos, que também viram suas moedas sofrerem consideráveis desvalorizações.