Arquivo da tag: Taxa de câmbio efetiva real

Setor Externo

Por Marcelo José Braga Nonnenberg

A taxa de câmbio desvalorizou-se ligeiramente nos últimos meses, acompanhando as incertezas do processo de tramitação da proposta de reforma da previdência. Mas deve-se notar também que, quando se mede a taxa de câmbio pela taxa efetiva real, para o conjunto das exportações e importações, nos últimos anos, a variação foi bem inferior ao da taxa real/dólar.

As exportações e importações estão apresentando claramente uma tendência de­clinante nos primeiros quatro meses do ano, tanto em comparação com os meses anteriores como com o mesmo período do ano anterior, ainda que o saldo comer­cial venha se mantendo relativamente constante desde setembro do ano passado. Em abril, as exportações cresceram 3% com relação ao mês anterior, ao mesmo tempo que as importações tiveram queda de apenas 0,3%. Ambas as variáveis, entretanto, caíram quando comparadas com os valores atingidos no segundo se­mestre do ano passado. No acumulado do ano até abril, as exportações sofre­ram queda de 2,7%, apesar da elevação de 5,8% dos básicos. Em compensação, os manufaturados tiveram queda de 7,3% e os semimanufaturados, redução de 1,1%. A recessão na Argentina vem cobrando um preço alto especialmente no que concerne à queda das exportações de produtos manufaturados. As importações nos primeiros quatro meses do ano caíram 0,8%, devido a reduções de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-1%), bens de consumo duráveis (-16%) e combustíveis e lubrificantes (-10%). Em compensação, as de bens de capital (2%) e bens intermediários (1,6%) experimentaram elevação.

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Setor Externo

Por Marcelo José Braga Nonnenberg

A taxa de câmbio vem se mantendo razoavelmente constante desde o início de novembro, graças à redução dos riscos associados ao cenário político e também ao movimento dos fundamentos econômicos. Enquanto a taxa DI manteve-se constante, o spread do credit default swap (CDS) caiu recentemente, compensando a elevação das taxas de alto rendimento dos Estados Unidos (high yield) entre o início de outubro e o final de dezembro.

Nos últimos anos, a desvalorização das taxas efetivas de câmbio real tem sido bem inferior à da taxa real/dólar. Apenas entre dezembro de 2017 e dezembro de 2018, enquanto a taxa real/dólar mostrou desvalorização de 18%, as taxas efetivas deflacionadas pelo índice de preços por atacado (IPA), tanto com base nas exportações como nas importações, mostraram desvalorização de 7,3%.

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Esta seção analisa também a trajetória recente das contas externas brasileiras.

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Setor Externo

Carta de Conjuntura nº 39

Por Marcelo José Braga Nonnenberg

A taxa de câmbio vem se desvalorizando com relação ao dólar desde o início do ano. Esse movimento vem sendo provocado, principalmente, pelo aumento do risco-país, pela redução do diferencial entre as taxas de juros domésticas e dos Estados Unidos, e também com relação aos principais países emergentes. Esses movimentos, por sua vez, refletem, em parte, a piora do cenário externo, com aceleração prevista do crescimento dos Estados Unidos e aumento das expectativas inflacionárias, além do agravamento das tensões geopolíticas internacionais, em especial no Oriente Médio. Entre março de 2017 e março de 2018, a taxa efetiva real de câmbio ponderada pelas exportações (veja na seção os dados detalhados desse indicador), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), sofreu desvalorização de 13,2% e, com base no Índice de Preços por Atacado (IPA), de 15,7%. Mas essa taxa varia entre 0,3% e 47,9%, quando calculada entre os diversos setores da economia.

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Além da análise sobre as taxas de câmbio, esta seção analisa também os resultados acumulados no ano da balança comercial e do balanço de pagamentos.



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Taxas Efetivas Reais de Câmbio por Setor Exportador

Carta de Conjuntura nº 38

Por Marcelo José Braga Nonnenberg, Beatriz Cordeiro Araujo e Helena Nobre de Oliveira

Esta Nota Técnica apresenta a metodologia de cálculo dos novos indicadores Ipea de Taxa Efetiva Real de Câmbio (TERC), que têm como objetivo permitir a análise desagregada da competitividade das exportações por setor exportador.

As taxas efetivas reais de câmbio construídas nesta Nota Técnica têm o propósito de auxiliar a compreensão da competitividade das exportações brasileiras desagregadas por meio do cálculo da taxa efetiva real de câmbio de exportação por setores econômicos. Partindo do princípio de que o câmbio nominal é o mesmo para todos os setores, o cálculo das taxas efetivas reais permite entender como as diferentes composições da pauta segundo países de destino e os diferentes índices de preço impactam de maneira diferente a competitividade da exportação em cada setor.

Assim, são construídas 29 taxas de câmbio efetivas reais de exportação, desagregadas por setores segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 2.0, o que significa uma ampliação da desagregação original dos indicadores Ipea de TERC calculado por Nonnenberg et al. (2015) – que media apenas as taxas agregadas e para produtos manufaturados. São utilizados, como deflatores domésticos, os Índices de Preços ao Produtor Amplo – IPA-OG-DI, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para cada setor. Como deflatores externos, são utilizados os Índices de Preços aos Produtores de cada país que participa da cesta de parceiros comerciais do Brasil. As taxas são calculadas a partir de janeiro de 1997 e se estendem até o último mês para os quais se dispõem das informações de taxas de câmbio e dos índices de preço nacionais e internacionais − neste momento, agosto de 2017.

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