Por Pedro M. Garcia, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr.
A Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea revisou a estimativa para o valor adicionado (VA) do setor agropecuário de 2021 de crescimento 1,2% (como divulgado na Nota no 29 da Carta de Conjuntura no 52) para redução de 1,2%. Os principais motivos para esse ajuste são os seguintes: a revisão dos números do VA do setor agropecuário em 2020 pelo IBGE (que muda significativamente a base de comparação); a queda da produção de bovinos no terceiro trimestre; e as reduções nas estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), para as produções de milho, cana-de-açúcar e laranja.
Para 2022, com as novas informações do prognóstico da produção agrícola do IBGE, a Dimac estima um crescimento no VA do setor agropecuário de 2,8%. Os principais determinantes desse resultado devem ser: o crescimento da produção de bovinos, com o aumento de animais alcançando a idade para o abate, após dois anos consecutivos de quedas significativas; nova alta estimada para a produção de suínos; e expectativa de forte recuperação na produtividade e produção do milho, após a quebra de safra de 2021, resultante de questões climáticas adversas.