Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas Hecksher
As estimativas próprias mensais apresentadas nesta Nota1 – feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua – sinalizam um aquecimento ainda maior do mercado de trabalho brasileiro, tendo em vista que as sucessivas expansões da população ocupada e dos rendimentos reais vêm proporcionando a manutenção da desocupação em níveis historicamente baixos, além do crescimento da massa salarial. Em agosto de 2024, a população ocupada (PO) no país somava aproximadamente 102,9 milhões de pessoas, avançando 2,9% na comparação com o mesmo período de 2023. Já em termos dessazonalizados, em agosto, a PO atingiu o montante recorde de 102,4 milhões de trabalhadores, o que representa uma alta de 0,4% em relação ao observado em julho.
Nota-se, ainda, que essa aceleração da ocupação vem sendo acompanhada de um movimento similar, porém menos intenso, da força de trabalho, impedindo, assim, uma queda ainda mais significativa da taxa de desocupação. Por certo, na comparação interanual, a força de trabalho brasileira avançou 1,6%, passando de 108,4 milhões, em agosto de 2023, para 110,2 milhões, em agosto de 2024. Em relação a julho, registra-se um avanço de 0,3%.