Por Ana Cecília Kreter, José Ronaldo de C. Souza Júnior, Allan Silveira dos Santos e Nicole Rennó Castro
Esta Nota de Conjuntura traz o acompanhamento dos preços domésticos e internacionais até outubro de 2022, o balanço de oferta e demanda dos principais produtos agropecuários brasileiros referente às safras 2021-2022 e 2022-2023, e apresenta perspectivas para o próximo ano.
Alguns fatores têm contribuído para a queda dos preços. O primeiro deles é a alta produção, que foi responsável pelo aumento na oferta de diversos produtos. O Brasil, por ser um importante player no mercado internacional, contribuirá na próxima safra (2022-2023), particularmente, com a soja – crescimento estimado de 22,3% na soja em grão, 5,3% no farelo e 5,3% no óleo diante da safra anterior –, o milho (12,0%), o algodão (16,7%) e o café (5,6%). Até o trigo, que é o principal produto da pauta de importação do país, deve fechar a safra de inverno 2022 com alta de 23,7% na produção diante do ano passado. A maior disponibilidade dessas commodities tem contribuído não só para a queda nos preços, mas também para a recomposição dos estoques de passagem, que vinham caindo desde o início das políticas de isolamento social estabelecidas devido à pandemia.