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Análise e Projeções de Inflação

Por Maria Andréia P. Lameiras, Marcelo L. de Moraes, Carolina Ripoli e José Ronaldo C. Souza Jr.

Mantendo uma trajetória de alta, iniciada no segundo semestre de 2020, em abril, no acumulado em doze meses, a inflação brasileira, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 6,76%. Em que pese à expectativa de que, no segundo semestre, se verifique um recuo significativo desta taxa de variação, o desempenho recente pior que o esperado anteriormente motivou a elevação da projeção para o IPCA em 2021.

De acordo com a análise do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea, a inflação brasileira deve encerrar o ano com alta de 5,3%, ante variação anterior de 4,6%, divulgada na visão geral da Carta de Conjuntura no 50, em março. De forma desagregada, enquanto a previsão para a inflação dos alimentos no domicílio foi mantida em 5,0%, a alta projetada para os demais bens livres avançou de 3,8% para 4,3%. No caso dos serviços, a previsão foi revista de 3,6% para 4,0%. Por fim, observa-se que o principal fator responsável pela aceleração projetada para a inflação em 2021 está relacionado à trajetória dos preços monitorados, cuja previsão acelerou 2,0 pontos percentuais (p.p.), passando de 6,4% para 8,4%.

Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), nota-se que, mesmo diante de um aumento nas expectativas de inflação, o Grupo de Conjuntura ainda prevê uma melhora no comportamento desse índice neste ano em relação a 2020. Segundo as previsões da Dimac, o INPC deve encerrar o ano com alta de 4,7%, acima da estimada anteriormente (4,3%), mas abaixo da registrada em 2020 (5,5%).

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Análise e projeções de inflação

Maria Andréia Parente Lameiras, Marcelo Lima de Moraes e Carolina Ripoli

Os dados mais recentes mostram que a inflação corrente segue pressionada, mesmo em um contexto de desaquecimento da demanda interna. Embora as expectativas para o ano ainda sejam de desaceleração nos próximos meses, o elevado nível atual da inflação, combinado com o aumento do grau de incerteza da economia brasileira devido a incertezas relacionadas à política fiscal, vem gerando revisões para cima das estimativas de IPCA para 2021. De acordo com as previsões do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea, a inflação brasileira deve encerrar o ano com alta de 3,7%, ante variação anterior de 3,5%, divulgada na visão geral da Carta de Conjuntura no 49, em dezembro. Além da perspectiva de que os preços internacionais das commodities devem se estabilizar em patamar mais alto, o cenário para a taxa de câmbio média também piorou devido ao desempenho observado nas últimas semanas. De modo semelhante, as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também sinalizam uma desaceleração da inflação em 2021, comparativamente a 2020, tendo em vista que projeções realizadas indicam que este índice deve encerrar o ano com variação de 3,4.

Tabela 1_CC50

Tabela 2_CC50 Acesse o texto completo



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