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Indicador Ipea de FBCF – Outubro de 2021 Investimentos permanecem estáveis no início do quarto trimestre

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta crescimento nulo na comparação entre outubro e setembro de 2021, na série com ajuste sazonal. Com isso, o trimestre móvel encerrado em outubro recuou 1,4%. Nas comparações com os mesmos períodos de 2020, enquanto outubro registrou uma expansão de 10,6%, o trimestre móvel cresceu 15,2%. No acumulado em doze meses, os investimentos totais apresentaram expansão de 21,5%.

Na comparação com o ajuste sazonal, o consumo aparente de máquinas e equipamentos – que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida às importações – apresentou um recuo de 1% em outubro, encerrando o trimestre móvel com uma queda de 1,6%. De acordo com os seus componentes, enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos recuou 0,7% em outubro, a importação caiu 2,5% no mesmo período. Em relação ao trimestre móvel, a produção nacional encerrou o período com queda de 0,7%, já as importações caíram 0,5%. No acumulado em doze meses, a demanda interna por máquinas e equipamentos registrou um aumento de 29,3%. Os investimentos em construção civil, por sua vez, avançaram 0,5% em outubro, na série dessazonalizada. Após o recuo em setembro, que interrompeu quatro altas seguidas, o setor voltou a crescer, com expansão de 2,4% no trimestre móvel.

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Indicador Ipea de FBCF – Setembro e Terceiro Trimestre de 2021 Com bom desempenho da construção civil, investimentos permanecem estáveis no terceiro trimestre de 2021

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta um recuo de 0,8% na comparação entre setembro e agosto de 2021, na série com ajuste sazonal. Com isso, o terceiro trimestre fechou com uma leve queda de 0,1% – resultado já ajustado de acordo com as Contas Nacionais Trimestrais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas comparações com os mesmos períodos de 2020, enquanto setembro registrou uma expansão de 13,8%, o terceiro trimestre cresceu 18,8%. No acumulado em doze meses, os investimentos totais apresentaram crescimento de 20,2%.

Na comparação com o ajuste sazonal, o consumo aparente de máquinas e equipamentos – que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida às importações – apresentou um avanço de 0,9% em setembro, encerrando o terceiro trimestre com uma queda de 2,6%. De acordo com os seus componentes, enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos recuou 0,5% em setembro, a importação cresceu 3,9% no mesmo período. Ainda assim, as importações caíram 2,9% no terceiro trimestre. A produção nacional, por sua vez, encerrou o período com alta de 2%. No acumulado em doze meses, a demanda interna por máquinas e equipamentos registrou um aumento de 27,8%.

Os investimentos em construção civil recuaram 1,8% na série dessazonalizada. Apesar dessa acomodação em setembro, que interrompeu três altas consecutivas, o setor foi o grande destaque do terceiro trimestre de 2021, com expansão de 5,9% na margem.

 Tabela (1) Gráfico (1)

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Índice de Custo da Tecnologia da Informação – agosto de 2018

Por Marco Antônio F. de H. Cavalcanti e Leonardo S. Vasconcelos

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI) calculado pelo Ipea apresentou variação de 0,17% no mês de agosto e ficou 0,13 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,04% registrada em julho. Esse foi o menor nível para um mês de agosto desde o início da série histórica em 2013.

Na ótica dos últimos doze meses, o ICTI apresentou um acumulado de 4,09%. Na comparação do acumulado de doze meses, o ICTI se situa próximo ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e abaixo dos índices da Fundação Getulio Vargas (FGV) – Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP) -, enquanto, no acumulado do ano, o indicador apresenta o menor aumento entre os índices analisados, como mostra a tabela 1.

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Entre os oito grupos de serviços que compõem o ICTI, energia elétrica continuou apresentando a maior variação no acumulado de doze meses até agosto de 2018, com incremento de 16,86%. Os demais grupos vieram com altas variando entre 0,71% e 8,91%, conforme pode ser observado na tabela 2. Os maiores impactos no ICTI ocorreram pelo grupo pessoal, que foi responsável por 1,64 p.p. do índice, e demais despesas operacionais, que impactou em 1,60.

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Investimentos melhoram desempenho no segundo mês de 2017

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou alta de 3,4% na comparação entre fevereiro e janeiro de 2017, na série com ajuste sazonal. Este resultado reverteu parte da queda ocorrida no período anterior, e deixa um carregamento estatístico (carry-over) de -0,9% para o primeiro trimestre de 2017, ou seja, caso o FBCF apresente crescimento nulo no mês de março, encerraria o primeiro trimestre do ano registrando contração de 0,9% sobre o período anterior, também na série ajustada sazonalmente. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador registrou queda de 1,0% sobre fevereiro de 2016. Com isso, o ritmo de queda na comparação acumulada em doze meses arrefeceu pelo sétimo período consecutivo, passando de -9,0% para -7,9%.

O crescimento na passagem entre os meses de janeiro e fevereiro foi consequência do bom desempenho dos dois principais componentes da FBCF. O consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) – que é uma estimativa dos investimentos em máquinas e equipamentos e corresponde à produção industrial doméstica acrescida das importações e diminuída das exportações – apresentou forte alta, com avanço de 8,9% na margem. Já o indicador de construção civil obteve resultado mais modesto, registrando crescimento de 0,3%, ainda na comparação com ajuste sazonal. Contra o mesmo período do ano anterior, enquanto o Came cresceu 4,2% sobre o mês de fevereiro de 2016, a construção registrou queda de 3,9%.

Entre os componentes do Came, a produção doméstica de bens de capital avançou expressivos 7,2% em fevereiro, explicando o bom resultado na comparação dessazonalizada. Por outro lado, enquanto as exportações avançaram 15,4% na margem, as importações de bens de capital permaneceram estáveis , com avanço de apenas 0,1%.

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Acesse aqui a planilha completa com os dados do Indicador Ipea mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (índice 1995=100)



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Produção industrial avança em fevereiro de 2017

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Produção Industrial prevê crescimento de 0,3% para o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do IBGE, referente a fevereiro, frente ao mês anterior, na série dessazonalizada. Caso se confirme, este resultado deixaria um carry-over de 1,8% para o primeiro trimestre de 2017. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção teria ficado 0,9% abaixo do patamar de fevereiro de 2016.

Em relação aos indicadores coincidentes da produção industrial, o desempenho exibido na comparação entre fevereiro e janeiro, na série dessazonalizada, voltou a ser heterogêneo (ver tabela). Por um lado, a produção de automóveis, de acordo com os dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), registrou alta na margem, avançando 5,9%. Este resultado sucedeu queda de 13,3% no período anterior. Vale destacar que a produção do setor vem sendo afetada positivamente pelo bom desempenho das exportações de veículos. O volume de tráfego de carga em estradas com pedágio também avançou em fevereiro, com alta de 2,0%, segundo a Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR).

Por outro lado, outros indicadores apresentaram desempenho negativo no segundo mês de 2017. Entre os destaques, a produção de aço registrou recuo de 3,5%, segundo o Instituto Aço Brasil. Além disso, a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) indica que a venda de papel e papelão caiu 0,4% ante o mês de janeiro. Na comparação entre fevereiro de 2017 e o mesmo período de 2016, o desempenho positivo foi novamente generalizado. A exceção ficou por conta do volume de tráfego de carga em estradas com pedágio, que registrou queda de 4,9%.

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Indicador Ipea de FBCF – janeiro de 2017

Por Leonardo Mello de Carvalho

Investimentos mantêm comportamento instável no início de 2017

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta queda de 3,0% em janeiro de 2017 em relação a dezembro de 2016, na série com ajuste sazonal. Este resultado reverteu o aumento verificado no período anterior, e deixa um carregamento estatístico (carry-over) de -1,9% para o primeiro trimestre de 2017. Ou seja, caso a FBCF apresente crescimento nulo nos meses de fevereiro e março, encerraria o primeiro trimestre do ano registrando contração de 1,9% sobre o período anterior, também na série ajustada sazonalmente. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador registrou queda de 4,9% sobre janeiro de 2016. Com isso, o resultado acumulado em doze meses ficou em -9,0%.

O recuo na comparação entre os meses de dezembro e janeiro foi consequência do mau desempenho do consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) – que é uma estimativa dos investimentos em máquinas e equipamentos e corresponde à produção industrial doméstica acrescida das importações e diminuída das exportações. Após a alta de 2,6% no período anterior, este indicador apresentou queda de 6,6%. Por outro lado, o indicador de construção civil avançou 0,6% frente ao mês de dezembro, ainda na comparação com ajuste sazonal. Contra o mesmo mês do ano anterior, ambos componentes apresentaram retração, com quedas de 9,8% e 2,7%, respectivamente.

Entre os componentes do Came, a produção doméstica de bens de capital recuou 6,6% em janeiro, na comparação dessazonalizada. Outro importante fator que ajuda a explicar o mau resultado na comparação mensal, também na série com ajuste sazonal, foi o comportamento do volume de importações de bens de capital. Após a forte alta registrada entre novembro e dezembro (+10,2%), o volume de bens de capital importado sofreu redução em janeiro (-12,4%), afetando negativamente o resultado do Came no mês.

Tabela - Indicador Ipea FBCF jan17

Gráfico indicador Ipea FBCF jan17

Acesse aqui a planilha completa com os dados do Indicador Ipea de FBCF de janeiro de 2017



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Indicador Ipea de FBCF – novembro de 2016

Por Leonardo Mello de Carvalho

Investimentos mantêm o fraco desempenho, recuando pelo quinto mês seguido

Queda foi de 1,1% em novembro de 2016, na comparação com outubro. Componentes da Formação Bruta de Capital Fixo têm comportamento heterogêneo

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou queda de 1,1% em novembro de 2016, na comparação com outubro. Este é o quinto recuo mensal consecutivo do indicador de investimentos na série com ajuste sazonal, deixando um carregamento estatístico (carry-over) de -5,2% para o quarto trimestre de 2016. Ou seja, caso a FBCF apresente crescimento nulo em dezembro, o último trimestre do ano registraria contração de 5,2% sobre o período anterior, também no indicador ajustado sazonalmente. Este resultado, por sua vez, faria a FBCF fechar 2016 com uma queda de 11,2%. Em 2015, ela havia recuado 13,9%.

Na comparação com novembro de 2015, a FBCF caiu 11,4%. Já a taxa de crescimento acumulado em 12 meses passou de 12,9% para 12,5%. O resultado verificado em novembro, no comparativo com ajuste sazonal, refletiu um comportamento heterogêneo dos dois principais componentes da FBCF. Enquanto o consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) – que é uma estimativa dos investimentos em máquinas e equipamentos e corresponde à produção industrial doméstica acrescida das importações e diminuída das exportações – recuou 4,3%, o indicador de construção civil, outro componente da FBCF, avançou 1,8% sobre o mês de outubro, interrompendo sequência de três quedas nessa base de comparação. Contra o mesmo mês do ano anterior, ambos os componentes voltaram a apresentar forte retração, com quedas de 18,5% e 9,0%, respectivamente.

Entre os componentes do Came, a produção doméstica de bens de capital avançou 3,6% em novembro, na comparação dessazonalizada. A comparação com novembro de 2015 revela forte crescimento na produção de aparelhos elétricos, caminhões e tratores e máquinas agrícolas. A alta da produção de bens de capital na comparação dessazonalizada, no entanto, foi mais do que compensada pela forte contribuição negativa proveniente dos indicadores de comércio exterior. Enquanto as exportações avançaram expressivos 89,1% na margem, impulsionadas pela venda de uma plataforma de petróleo, as importações de bens de capital caíram 4,7% na mesma base de comparação.

Acesse aqui a planilha completa com os dados do Indicador Ipea FBCF novembro de 2016.

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Indicador Ipea de FBCF – outubro de 2016

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registra queda de 2,6% na comparação entre os meses de setembro e outubro de 2016, na série com ajuste sazonal. Este é o quarto recuo mensal consecutivo do indicador de investimentos, deixando um carregamento estatístico (carry-over) de -4,8% para o quarto trimestre de 2016, ou seja, caso o FBCF apresente crescimento nulo nos meses de novembro e dezembro, encerraria o último trimestre do ano registrando contração de 4,8% sobre o período anterior, também no indicador ajustado sazonalmente. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a FBCF ficou 13,6% abaixo do patamar verificado em outubro de 2015. Já a taxa de crescimento acumulado em 12 meses passou de -13,5% para -13,0%.

Os dois principais componentes da FBCF apresentaram desempenho ruim em outubro. Um deles, o consumo aparente de máquinas e equipamentos (CAME) – que é uma estimativa dos investimentos em máquinas e equipamentos e corresponde à produção industrial doméstica acrescida das importações e diminuída das exportações –, apresentou recuo de 1,5%. Já o indicador de construção civil retraiu-se pela quarta vez em cinco meses, – 3,9% frente ao período anterior, ainda na comparação com ajuste sazonal. Contra o mesmo mês do ano anterior, ambos componentes apresentaram forte retração, com quedas de 15,4% e 13,5%, respectivamente.

Entre os componentes do CAME, a produção doméstica de bens de capital recuou 2,8% em outubro, na comparação dessazonalizada. Essa queda foi amenizada pelo comportamento do volume de importações de bens de capital no mesmo período. Após registrar três quedas consecutivas, o indicador de importações avançou 6,3% na passagem entre os meses de setembro e outubro. Já as exportações cresceram 1,2% na mesma base de comparação.

Acesse aqui a planilha completa com os dados do Indicador Ipea FBCF outubro de 2016.

Tabela - Indicador Ipea FBCF out16_verde

Gráfico indicador Ipea FBCF out16



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Indicador Ipea de FBCF – setembro e 3º trimestre de 2016

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta contração de 2,2% em setembro em relação a agosto de 2016, na série com ajuste sazonal. Este é o terceiro recuo mensal consecutivo do indicador de investimentos, que encerra o terceiro trimestre registrando queda de 4,1% sobre o período anterior, também no indicador ajustado sazonalmente. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a FBCF atingiu patamar 10,6% inferior ao verificado em setembro de 2015. Já na comparação do terceiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, o investimento registrou uma redução de 9,9%.

A queda entre os meses de setembro e agosto foi novamente resultado do mau desempenho de seus dois componentes. Enquanto o consumo aparente de máquinas e equipamentos (CAME), – que é uma estimativa dos investimentos em máquinas e equipamentos e corresponde à produção industrial doméstica acrescida das importações e diminuída das exportações –, apresentou recuo de 1,7%, o indicador de construção civil retraiu pelo quarto mês consecutivo, -2,3% frente ao período anterior, ainda na comparação com ajuste sazonal. Contra o mesmo mês do ano anterior, ambos componentes apresentaram retração, com quedas de 10,6% e 13,1%, respectivamente.

Entre os componentes do CAME, a produção doméstica de bens de capital recuou pelo terceiro mês consecutivo, contraindo 5,1% em setembro, na comparação dessazonalizada. Outro importante fator que ajuda a explicar as quedas nas comparações mensal e trimestral, também na série com ajuste sazonal, foi o comportamento do volume de importações de bens de capital. Enquanto a queda entre setembro e agosto foi de 3,4%, a redução verificada no terceiro trimestre atingiu 20,1%.

Dados – Indicador Ipea FBCF de setembro de 2016

Gráfico – Indicador Ipea FBCF de setembro de 2016



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Indicador Ipea de FBCF – agosto de 2016

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta uma contração de 2,8% entre os meses de julho e agosto de 2016, na série com ajuste sazonal. Este é o segundo recuo consecutivo do indicador mensal de investimentos, devolvendo parte do forte crescimento verificado em junho, quando o indicador registrou alta de 8,2%. De acordo com a média móvel trimestral do índice, que possibilita uma análise menos volátil, os investimentos contraíram 0,4% no trimestre móvel terminado em agosto (na comparação com o trimestre móvel anterior), resultado que sucedeu aumentos 2,5% e 0,3% nos trimestres móveis terminados em junho e julho, respectivamente (ver gráfico). O carry-over para o terceiro trimestre ficou negativo em 3,1%, ou seja, se o FCBF de setembro apresentar um crescimento nulo na margem, a variação do terceiro trimestre (em relação ao segundo trimestre) seria negativa em 3,1% – na comparação com ajuste sazonal. Apesar deste resultado, o indicador acumula crescimento de 1,4% na comparação entre agosto e janeiro de 2016.

A queda em agosto foi resultado do mau desempenho de seus dois componentes. Enquanto o consumo aparente de máquinas e equipamentos (CAME) – que corresponde à produção industrial doméstica acrescida das importações e diminuída das exportações – apresentou recuo de 2,5%, o indicador de construção civil retraiu-se pelo terceiro mês consecutivo em 3,8% frente ao período anterior, ainda na comparação com ajuste sazonal. No ano, esta atividade já cumula uma perda de 5,1%.

Entre os componentes do CAME, a produção doméstica de bens de capital, medida na Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), do IBGE, avançou 0,4% em agosto, após apresentar forte redução no período anterior, quando recuou 2,1% na comparação dessazonalizada. Pelo lado do comércio exterior, enquanto as exportações caíram 0,7%, o volume de importações de bens de capital foi o grande destaque negativo do resultado de agosto, registrando forte queda de 14,6%.

Dados – Indicador Ipea FBCF de agosto 2016

Gráfico – Indicador Ipea FBCF de agosto de 16



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