Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil, e em outros ativos fixos, aponta uma queda de 1,7% na comparação entre fevereiro e janeiro na série com ajuste sazonal. Este resultado representou o quarto recuo consecutivo na margem. Com isso, o trimestre móvel encerrado em fevereiro registrou um decréscimo de 6,9%.
Nas comparações com os mesmos períodos de 2022, o indicador mensal apresentou uma baixa de 5,8% e o trimestre móvel caiu 3,1%. No acumulado em doze meses, os investimentos totais apresentaram um crescimento de 0,3% em fevereiro. Assim, o indicador continua 14,3% abaixo do máximo atingido na série (em abril de 2013).
Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos medidos segundo o consumo aparente de máquinas e equipamentos, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações apresentaram uma queda de 3,4% em fevereiro, encerrando o trimestre móvel com uma baixa de 9,7%. No acumulado em doze meses, o consumo aparente de (ou, a demanda interna por) máquinas e equipamentos registrou uma retração de 5,9%.
Os investimentos em construção civil, por seu turno, avançaram em fevereiro, na série dessazonalizada, registrando uma alta de 2,4%. Com este resultado, que interrompeu três quedas consecutivas na margem, o segmento registrou uma perda de 2% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, a expansão foi de 5,1%. Já o segmento outros ativos fixos avançou 2,8% na margem em fevereiro, permanecendo estável na comparação em médias móveis.