Por Leonardo Mello de Carvalho e Claudio Hamilton Matos dos Santos
O PIB brasileiro aumentou 0,4% no segundo trimestre de 2025, em relação ao trimestre imediatamente anterior, acumulando a décima sexta variação positiva consecutiva na comparação dessazonalizada. Em relação ao mesmo trimestre de 2024, a economia expandiu 2,2%, ritmo inferior ao observado nos períodos anteriores, o que reduziu o crescimento acumulado em quatro trimestres de 3,5% para 3,2%. Em valores correntes, o produto totalizou R$ 3,2 trilhões – R$ 2,7 trilhões de VA e R$ 431,7 bilhões de impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
Conforme já havia sido salientado, o cenário macroeconômico vem se tornando mais desafiador desde o início do ciclo de altas da taxa Selic em setembro passado, caracterizado pelo próprio Comitê de Política Monetária (Copom), na ata da reunião de junho de 2025, como “particularmente rápido e bastante firme”. De fato, os dados do segundo trimestre foram impactados pelos efeitos acumulados da passagem da taxa Selic de 10,5% para 15,0% ao ano, além de uma inflação de serviços ainda resiliente e de uma economia global com menos fôlego e mais incertezas. Apesar disso, a atividade doméstica seguiu se expandindo, sustentada pelo dinamismo do mercado de trabalho – os dados disponíveis indicam que a ocupação e a renda real continuaram crescendo ao longo do segundo trimestre – e pela manutenção de programas públicos de transferência de renda, que contribuíram para suavizar o impacto do crédito mais caro e do custo de vida sobre o orçamento das famílias.











