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Indicadores do mercado de crédito

Por Debora Mesquita Pimentel e Julia de Medeiros Braga

Os dados de outubro de 2023 mostram redução do ritmo de expansão do crédito total devido perda de dinamismo das concessões com recursos livres, na média trimestral, combinada com aumento das linhas com recursos direcionados, em especial à pessoa jurídica (PJ). A modalidade com destaque positivo inclui as linhas de crédito para financiamento de micro e pequenas empresas, incentivadas pelo sistema de garantias do governo federal e do BNDES. Por outro lado, as concessões de financiamento imobiliário à pessoa física (PF) seguem em declínio pelo quinto mês consecutivo.

As taxas médias de juros das concessões à PF recuaram pelo quinto mês consecutivo, atingindo em média 34,8%. A taxa de inadimplência da carteira de PF segue estabilizada, porém com elevação na modalidade do cartão de crédito rotativo. O endividamento das famílias continua em trajetória de queda, iniciada em julho de 2022. O comprometimento da renda das famílias com o serviço da dívida, que persistiu crescendo até meados de 2023 a despeito da queda do endividamento, teve uma terceira redução consecutiva, consolidando o início de tendência de queda.

No caso da carteira de PJ, a inadimplência com recursos direcionados apresentou forte recuo, entretanto, causa preocupação a contínua elevação da inadimplência da carteira de PJ com recursos livres.

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Indicadores do mercado de crédito

Por Debora Mesquita Pimentel e Julia de Medeiros Braga

As novas concessões de crédito totais mantiveram em agosto a tendência de crescimento dos últimos cinco meses. Apesar dessa recuperação, o volume total das concessões, já considerado o efeito da inflação, ainda é menor que o patamar atingido em outubro de 2022. No ano, a trajetória de recuperação é influenciada pela expansão nas concessões de crédito com recursos direcionados à pessoa jurídica (PJ), que acumulam alta de 17,03%, com destaque para o crédito com recursos direcionados ao setor rural e com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  No que se refere às concessões para pessoa física (PF), enquanto observa-se em meses anteriores o predomínio da expansão de linhas associadas ao uso do cartão de crédito, em agosto o destaque é o crescimento das modalidades de recursos livres de aquisição de veículos e do crédito pessoal consignado.

A inadimplência da PJ na carteira de crédito com recursos livres atingiu 3,3% em agosto, em contínua trajetória de alta desde o patamar de dezembro de 2022 (2,0%). No caso da PF, dados de agosto consolidam reversão da longa trajetória de alta da inadimplência do crédito com recursos livres, com queda pelo segundo mês consecutivo. Ademais, o  último dado disponível (referente a julho) indica queda do comprometimento da renda das famílias com o pagamento do serviço da dívida, pela primeira vez em vários meses.

As taxas de juros continuam em patamar elevado, embora se observe leve recuo no caso das taxas médias com recursos livres, que atingiu 57,7% para PF e 22,6% para PJ em agosto.

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Desempenho recente do mercado de crédito

Por Francisco E. de Luna A. Santos

O saldo total de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), medido em relação ao produto interno bruto (PIB), foi de 52,9% na leitura de março de 2023. Em valores reais, o crédito livre apresentou, em março, aumento de 0,1% em relação ao mês anterior, queda de 2,5% em relação a dezembro de 2022 e aumento de 5,6% em relação a março de 2022. Em igual comparação, a carteira de crédito direcionado variou -0,1%, -0,2% e +9,1%, respectivamente. Há retração nas concessões tanto no crédito livre quanto no crédito direcionado. Comparando por meio de médias trimestrais consecutivas, o crédito livre caiu 5,0% entre a média de outubro de 2022 até dezembro de 2022 e a média de janeiro de 2023 até março de 2023 e o crédito direcionado caiu 0,8% em igual comparação.

O fato é que as condições do mercado de crédito continuam apertadas. Apesar da estabilidade recente, as taxas de juros e o comprometimento de renda estão em níveis elevados. A inadimplência igualmente limita o crescimento do mercado de crédito e das concessões, em particular. A partir do momento em que as condições macroeconômicas permitirem uma redução das taxas básicas de juros pelo Banco Central do Brasil (BCB), esperamos que as taxas de juros do mercado de crédito sejam reduzidas de forma mais consistente, em especial no segmento de recursos livres. Desta forma, apesar das dificuldades no curto prazo, o mercado de crédito pode se beneficiar deste fator já em 2023 e, principalmente, em 2024.

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Desempenho recente do mercado de crédito

Por Francisco E. de Luna A. Santos

O saldo total de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), medido em relação ao produto interno bruto (PIB), foi de 54,2% na leitura de dezembro de 2022. Em valores reais, o saldo do crédito livre apresentou, em dezembro, aumentos de 1,1% em relação a setembro de 2022 e de 7,5% em relação a dezembro de 2021. Em igual comparação, o saldo da carteira de crédito direcionado cresceu 2,4% e 8,0%, respectivamente.

Houve expansão nas concessões tanto no crédito livre para pessoa física (PF) quanto no direcionado para pessoa jurídica (PJ) e retração no crédito livre para PJ e no direcionado para PF. O crédito direcionado para PJ cresceu 11,1% entre a média de julho de 2022 até setembro de 2022 e a média de outubro de 2022 até dezembro de 2022. Em igual comparação, o crédito livre para PF cresceu 4%, enquanto o crédito direcionado para PF e o crédito livre para PJ caíram por volta de 4%.

De fato, as condições do mercado de crédito continuam apertadas. De um lado, temos o comprometimento de renda em níveis elevados e uma alta persistente dos níveis de inadimplência em recursos livres. Do outro lado, o processo de alta de juros parece ter atingido o seu limite e algumas modalidades já apresentam estabilidade ou queda na margem. Por conseguinte, as concessões para crédito livre não apresentam crescimento sustentável, demonstrando grande volatilidade.

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Desempenho recente do mercado de crédito

Por Francisco E. de Luna A. Santos

O saldo total de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), medido em relação ao produto interno bruto (PIB), foi de 55% na leitura de setembro de 2022. Em relação a setembro de 2021, este indicador acumula alta de 2 pontos percentuais (p.p.), mostrando tendência moderada de crescimento com leves oscilações. Em termos do saldo real, o crédito livre apresentou, em setembro, aumento de 11,1% em relação ao mesmo mês de 2021. Em igual comparação, a carteira de crédito direcionado, cuja variação voltou a ficar positiva somente no início de 2022, cresceu 5,9%. O saldo real da carteira de pessoa física (PF) subiu 12,2%, superior ao crescimento de 4,5% da carteira de pessoa jurídica (PJ).

No período recente, observamos que as condições do mercado de crédito continuam apertadas. De um lado, temos o comprometimento de renda em níveis elevados e a alta persistente dos níveis de inadimplência em recursos livres. Por conseguinte, as concessões para crédito livre apresentam queda moderada nas comparações trimestrais tanto no agregado quanto em modalidades relevantes. De outro lado, o processo de alta de juros parece ter atingido o seu limite e algumas modalidades já apresentam estabilidade ou queda do custo do crédito na margem. Com a expectativa de queda na taxa básica em 2023, o mercado de crédito pode se beneficiar desse fator no ano que vem, contrabalançando o efeito limitador da inadimplência, que merece atenção. Espera-se também que as medidas regulatórias em curso, relacionadas ao fortalecimento das garantias e securitização, comecem a surtir efeito.

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Desempenho recente do mercado de crédito

Por Francisco E. de Luna A. Santos

Os saldos para PF e recursos livres mostram crescimento próximo de 10% em termos reais nos últimos doze meses, e estagnação dos segmentos de pessoa jurídica (PJ) e da categoria recursos direcionados. Em contrapartida, olhando as novas concessões, observamos queda maior no segmento de PF, em especial as concessões para crédito consignado total e no crédito pessoal total.

A análise dos últimos dados mostra que não houve aumento relevante no comprometimento de renda e nas taxas de juros, ainda que ambos permaneçam em níveis altos, e discreto aumento na inadimplência para pessoas físicas (PFs).

Tais observações não alteram a análise prospectiva do mercado de crédito para 2022, em que esperamos um crescimento limitado no ano com oscilações em alguns períodos. No entanto, medidas regulatórias em curso, relacionadas ao fortalecimento das garantias e à securitização, fornecem suporte importante para o crescimento estrutural e sustentável do mercado de crédito.

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Desempenho recente do mercado de crédito

Por Francisco E. de Luna A. Santos

O saldo total de empréstimos no Sistema Financeiro Nacional (SFN) como porcentagem do produto interno bruto (PIB) atingiu 54% em dezembro de 2021, o que representa um aumento de 0,1 ponto percentual (p.p.) em relação a dezembro de 2020. Em termos reais, o crescimento do saldo da carteira de pessoa física (PF) foi maior do que o crescimento da carteira de pessoa jurídica (PJ) em 2021.

Os atuais indicadores sugerem um mercado de crédito menos dinâmico em 2022. Os níveis de inadimplência, por exemplo, ainda estão confortáveis, apesar do aumento recente na inadimplência para PF e o aumento em categorias específicas. No entanto, o comprometimento da renda e níveis de endividamento se encontram em patamares historicamente altos e em trajetória de crescimento no último trimestre. E as taxas de juros mantiveram trajetória de crescimento. Além disso, chama a atenção a queda nas concessões no último trimestre de 2021 tanto em PF quanto em PJ e preocupa o fato de que há aumento em concessões com taxas de juros maiores, de crédito rotativo.

Acreditamos que a evolução macroeconômica será determinante para o mercado de crédito em 2022, ou seja, a trajetória esperada para o crédito dependerá das surpresas positivas ou negativas da atividade econômica e das principais variáveis, como inflação, juros e câmbio.

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