Por Diego Ferreira
O agronegócio brasileiro fechou o primeiro semestre com superávit acumulado de US$ 71,96 bilhões – queda de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior (tabela 1). As exportações do setor somaram US$ 81,40 bilhões, enquanto as importações, US$ 9,44 bilhões – valores 1,0% abaixo e 14,4% acima, respectivamente, dos observados em 2023. Considerando os produtos de todos os setores, o saldo da balança comercial no primeiro semestre também foi superavitário em US$ 42,31 bilhões – isto é, US$ 2,31 bilhões a menos em relação ao valor registrado no mesmo período do ano anterior.
Em termos de participação, as importações do agronegócio representaram 7,5% do total importado pelo Brasil no primeiro semestre de 2024, aumento de 0,69 ponto percentual (p.p.) ante igual período anterior (tabela 1). De modo similar, a participação do setor no total exportado entre janeiro e junho deste ano apresentou ligeira queda de 1,19 p.p. em comparação com igual período anterior, chegando a 48,6%.
O período de março a maio costuma ser o mais forte para o agronegócio brasileiro, e é impactado fortemente pela colheita da soja e pelo abate de bovinos antes do período de estiagem nas principais regiões produtoras. De fato, o saldo da balança comercial do setor apresentou recuperação em março e manteve-se em patamares elevados até maio (gráfico 1).