Arquivos da categoria: Setor Externo

Comércio exterior do agronegócio: outubro de 2023

Por Diego Ferreira e José Ronaldo de C. Souza Jr

A balança comercial do agronegócio encerrou outubro com um superávit de US$ 11,85 bilhões, queda de 3,3% ante o mesmo mês de 2022. O valor das exportações do setor atingiu o patamar de US$ 13,21 bilhões pari passu aos US$ 1,36 bilhão importados por este. Ainda no comparativo interanual, o fluxo comercial das exportações desacelerou 3,5%, enquanto as importações apresentaram queda mais acentuada no mesmo período, de 4,9%.

Ao analisar o valor acumulado nos últimos doze meses, Saldo da balança comercial: total, agronegócio e demais o superávit do agronegócio brasileiro atingiu a cifra de US$ 145,06 bilhões, indicando um crescimento de 6,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa melhora decorre do aumento de 5,2% nas exportações acumuladas, aliado à queda de 3,1% nas importações acumuladas do setor.

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Boletim de expectativas- Outubro de 2023

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de Expectativas se baseia nas projeções do Sistema Expectativas de Mercado do Banco Central, também conhecido como Focus, para dar uma visão geral das previsões feitas pelos profissionais que contribuem com a pesquisa, abordando inflação, juros, nível de atividade, finanças públicas e setor externo. Além das médias amostrais, se utiliza também dos desvios-padrão, de maneira a mostrar intervalos de projeção ou a interpretação de três cenários. Para a meta Selic recorre-se também ao mercado de DI Futuro e para a inflação, à estrutura a termo da taxa de juros.

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Balanço de pagamentos, balança comercial e câmbio – evolução recente e perspectivas

Por Andreza Aparecida Palma e Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

O desempenho do setor externo permanece favorável, mesmo diante do aumento das incertezas globais.  Em relação ao balanço de pagamentos, o saldo na balança comercial é o principal responsável pela redução do déficit em transações correntes. Na conta capital e financeira, o investimento direto no país permanece como o destaque, apesar da tendência de queda no período recente.  Em relação à taxa de câmbio, houve relevante depreciação desde a última divulgação desta nota do setor externo, em julho de 2023. O panorama global permanece bastante volátil. Além do conflito entre Rússia e Ucrânia, a situação no Oriente Médio requer monitoramento. A inflação ainda pressionada no cenário internacional, as políticas monetárias restritivas em diversos países e as incertezas sobre o início e a magnitude do ciclo de redução das taxas de juros no exterior também são temas a serem monitorados.

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Comércio exterior do agronegócio: setembro de 2023

Por Diego Ferreira e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio exportou US$ 13,55 bilhões em setembro de 2023, resultado 1,1% inferior ao registrado no mesmo mês de 2022. O valor das importações do setor, no entanto, apresentou queda mais acentuada no mesmo período, de 18,4%, totalizando US$ 1,31 bilhão no mês passado. O resultado, em termos de saldo da balança comercial, foi um pequeno aumento do superávit do agronegócio, que passou de US$ 12,1 bilhões em setembro do ano passado para US$ 12,24 bilhões em setembro deste ano.

O superávit acumulado pelo setor nos últimos doze meses, por sua vez, atingiu a marca de US$ 145,48 bilhões, o que representa uma alta de 10,45% ante igual período anterior.
Essa melhora é resultado tanto do aumento de 9,0% no valor acumulado das exportações quanto da queda de 2,5% no valor acumulado das importações do setor.

Em termos de participação, as importações do agronegócio representaram 6,74% do total importado pelo Brasil nos últimos doze meses, aumento de 0,34 ponto percentual (p.p.) ante igual período anterior. Já a participação do setor no total exportado entre outubro de 2022 e setembro de 2023 subiu 2,19 p.p. em comparação com igual período anterior, chegando a 48,59%.

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Comércio exterior do agronegócio: agosto de 2023

Por Diego Ferreira, Ana Cecília Kreter e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio brasileiro encerrou agosto de 2023 registrando superávit comercial de US$ 13,99 bilhões. Ainda que suas exportações tenham aumentado 5,3% ante o mesmo mês de 2022, atingindo o montante de US$ 15,44 bilhões exportados, o aumento de 7,78% registrado no saldo da balança comercial do setor é também reflexo da queda de 13,8% nas importações de produtos agropecuários pelo Brasil, que atingiu a marca de US$ 1,45 bilhão no último mês. Embora o expressivo superávit comercial do agronegócio continue a compensar o déficit enfrentado pelos demais setores, a contínua queda no volume importado pela economia brasileira tem beneficiado expressivamente a balança comercial do país.

No acumulado dos últimos doze meses, o superávit comercial do agronegócio somou US$ 145,50 bilhões, valor 13,3% maior do que no período dos doze meses anteriores, resultado de US$ 162,54 bilhões de exportações (crescimento de 11,9% ante igual período anterior) e US$ 17,03 bilhões de importações (crescimento de 1,3%).

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Comércio exterior do agronegócio: julho de 2023

Por Diego Ferreira, Ana Cecília Kreter e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O desempenho do agronegócio brasileiro no mercado internacional inicia o segundo semestre de 2023 com relativa estabilidade ante mesmo período de 2022. Em julho deste ano, as exportações do setor atingiram a marca de US$ 14,2 bilhões, ligeira queda de 0,1% no comparativo com o mesmo mês do ano anterior. Do lado das importações, o valor comercializado apresentou retração de 6,9% na comparação interanual, totalizando US$ 1,374 bilhão no mês passado.

O superávit da balança comercial total do comércio exterior brasileiro em julho foi de US$ 8,9 bilhões, o que representa um robusto crescimento de 65,9% ante o resultado do mesmo mês de 2022. Embora o expressivo superávit comercial do agronegócio continue a compensar o déficit enfrentado pelos demais setores, a melhora observada na balança comercial se deve, em grande parte, à queda no volume importado pela economia brasileira. De fato, enquanto o valor total exportado apresentou retração de 3,1% no comparativo interanual, o valor total importado caiu 18,2%. Ainda assim, é importante ressaltar que o saldo total da balança comercial brasileira no mês passado registrou queda de aproximadamente 15,0% ante o mês anterior, passando de US$ 10,5 bilhões em junho para US$ 8,9 bilhões em julho.

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Comércio exterior do agronegócio: primeiro semestre de 2023

Por Diego Ferreira, Ana Cecília Kreter e José Ronaldo de C. Souza Jr

O agronegócio brasileiro fechou o primeiro semestre com superávit acumulado de US$ 74,07 bilhões – crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações do setor somaram US$ 82,33 bilhões, enquanto as importações, US$ 8,25 bilhões – valores 3,9% e 1,6%, respectivamente, acima dos observados em 2022. Considerando os produtos de todos os setores, o saldo da balança comercial no primeiro semestre também foi superavitário em US$ 45,06 bilhões – isto é, US$ 10,81 bilhões a mais em relação ao valor registrado no mesmo período do ano anterior.
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Em termos de participação, as importações do agronegócio representaram 6,8% do total importado pelo Brasil no primeiro semestre de 2023, mantendo-se relativamente estável ante igual período anterior. De modo similar, a participação do setor no total exportado entre janeiro e junho deste ano apresentou ligeira alta de 1,39 ponto percentual (p.p.) em comparação com igual período anterior, chegando a 49,7%.

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Balanço de pagamentos, balança comercial e câmbio – evolução recente e perspectivas

Por Andreza Aparecida Palma e Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

O setor externo continua apresentando dinâmica favorável, mesmo com a persistência das incertezas externas.  Considerando o acumulado até junho de 2023, ou seja, o primeiro semestre do ano, as exportações totalizaram US$ 165,7 bilhões (aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior) e as importações, US$ 120,6 bilhões (queda de 7,1% em relação ao mesmo período do ano anterior), resultando em um saldo da balança comercial de US$ 45,1 bilhões (aumento de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior).

Em relação ao balanço de pagamentos, a conta de transações correntes registrou superávit de US$ 649 milhões em maio de 2023, ante déficit de US$ 4,6 bilhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado em doze meses, o déficit em transações correntes é de US$ 48,5 bilhões (2,45% do produto interno bruto – PIB), ante US$ 51,2 bilhões (2,89% do PIB) em maio de 2022.  A balança comercial (bens) fechou maio com superávit de US$ 9,7 bilhões ante US$ 3,4 bilhões em maio de 2022, sendo uma das principais responsáveis pela redução no déficit em transações correntes em doze meses e pelo superávit observado em maio de 2023. Em relação à conta de viagens, fortemente afetada pela pandemia e restrições de mobilidade, observou-se aumento do déficit desde meados de 2021. No entanto, os níveis pré-pandemia não foram ainda recuperados.

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Em relação à conta capital e financeira, o destaque continua sendo os investimentos diretos no país (IDPs). No acumulado em doze meses para maio, atingiu US$ 83,4 bilhões (4,21% do PIB) – ante US$ 57,0 bilhões (3,22% do PIB) no mesmo período do ano anterior. Apesar da queda recente na margem, a série apresentou trajetória de acentuada recuperação em 2022, atingindo até mesmo os níveis anteriores ao período da pandemia.

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Em relação à taxa de câmbio, houve importante movimento de apreciação desde a divulgação da última nota do setor externo, em abril de 2023. O valor máximo da cotação da moeda, desde o início do ano, ocorreu em 4 de janeiro de 2023, chegando a R$ 5,45/US$. Já o valor mínimo foi de R$ 4,77/US$, em 26 de junho de 2023. Cabe notar, ainda, que desde 2 de junho de 2023 a moeda brasileira vem sendo cotada abaixo de R$ 5,00/US$. A percepção de risco também mostra trajetória mais favorável, com diminuição importante do credit default swap (CDS) de cinco e dez anos.

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Acordo Mercosul-União Europeia e mudança estrutural: Considerações a partir de modelos de equilíbrio geral

Por Thiago Sevilhano Martinez

Nesta nota, apresentam-se fundamentos para uma análise de perdas e ganhos esperados com a possível ratificação do acordo Mercosul-União Europeia, em sua dimensão comercial. Toma-se por referência principal a literatura baseada em modelos de equilíbrio geral quanto aos efeitos da abertura comercial na transformação estrutural, a mudança de longo prazo na composição setorial da economia.

As simulações recentes dos impactos do acordo Mercosul-União Europeia realizadas em modelos de comércio tradicionais preveem ganhos modestos para o Brasil. A maioria dos estudos prevê aumento do PIB entre 0,20% e 0,45% no longo prazo. Nos trabalhos que simulam dinâmica de transição, a elevação do PIB esperada para cinco anos após a entrada em vigência do acordo está entre 0,09% e 0,15%. Entretanto, esses modelos não incorporam impactos sobre o processo de mudança estrutural de longo prazo da economia, efeitos dinâmicos da composição setorial sobre a capacidade de inovação e custos de ajuste no mercado de trabalho. Ao se acrescentar tais efeitos, a tendência é piorar a avaliação dos ganhos de comércio do acordo para o Brasil.

Considerando resultados da literatura baseada em modelos de equilíbrio geral com mudança estrutural e análises dos efeitos da liberalização dos anos 1990-1995, a entrada em vigor do acordo tende a aprofundar a desindustrialização da economia brasileira e pode gerar impactos adversos e de longa duração sobre o mercado de trabalho das regiões mais industrializadas do país. Recomenda-se a ampliação dos estudos de simulação de impacto do acordo, com modelos que considerem esses efeitos e análises dos outros temas além do lado comercial, como as regras de compras públicas, propriedade intelectual e meio ambiente.

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Aviso de Pauta: Nota sobre o Acordo Mercosul-União Europeia

Na próxima terça-feira (04/07), às 10h, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) irá divulgar a nota intitulada “Acordo Mercosul-União Europeia e mudança estrutural: Considerações a partir de modelos de equilíbrio geral”.

A nota apresenta os fundamentos para uma análise dos ganhos e perdas esperados com a possível ratificação do acordo Mercosul-União Europeia, no âmbito comercial. O estudo analisa os efeitos da abertura comercial na transformação estrutural e as mudanças de longo prazo na composição setorial da economia.

Entrevistas com Thiago Sevilhano Martinez, autor do estudo e pesquisador do Grupo de Conjuntura do Ipea, podem ser agendadas através do e-mail: ascom@ipea.gov.br.

Comunicação – Ipea
(21) 3515-8704 / 3515-8578
(61) 2026-5501 / 99427-4553



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