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Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em fevereiro de 2023

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

De acordo com dados da execução orçamentária registrada no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN),  o mês de fevereiro de 2023 apresentou um déficit primário de R$ 41,6 bilhões nas contas do governo central. A receita líquida do governo central atingiu R$ 101,8 bilhões nesse mês, decréscimo em termos reais de 17,5% quando comparada com fevereiro de 2022, ao passo que a despesa totalizou R$ 143,5 bilhões, decréscimo de 1,1% na mesma base de comparação. No acumulado do ano até fevereiro, o superávit primário está em R$ 37,3 bilhões, em reais desse mês, contra um superávit de R$ 60,4 bilhões em igual período de 2022.
Tabela 1

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Desempenho do PIB no quarto trimestre de 2022

Por Leonardo Mello de Carvalho e Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

O PIB recuou 0,2% no quarto trimestre de 2022, na comparação com o período anterior, já livre de efeitos sazonais, e 1,9% na comparação interanual, de acordo com o IBGE (gráfico 1). Com isso, o PIB encerrou 2022 com um crescimento acumulado de 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões em valores correntes. Já o PIB per capita, por sua vez, chegou a R$ 46.155,00 em 2022, o que representou um aumento real de 2,2% sobre o resultado do ano anterior. Entre os componentes pelo lado da produção, o setor de serviços exerceu a maior contribuição positiva, sendo responsável por 2,4 p.p. do crescimento acumulado no ano. Já pela ótica da despesa, a maior contribuição veio do consumo das famílias, que adicionou 2,6 p.p. ao resultado. Em relação ao último trimestre de 2019, período imediatamente anterior ao início da crise causada pela pandemia de covid-19, o PIB encontra-se em patamar 4,1% superior. O recuo de 0,2% no quarto trimestre interrompeu uma sequência de cinco variações positivas na margem, e reflete a perda de fôlego observada em grande parte dos indicadores de atividade econômica ao longo dos últimos três meses de 2022. Além do fechamento no hiato das atividades mais afetadas pela crise sanitária, como o setor de serviços, provavelmente os efeitos da política monetária contracionista têm resultado em restrições na demanda interna. Com o resultado do quarto trimestre, o carry-over para 2023 ficou em 0,2% – ou seja, caso permaneça estagnado ao longo dos próximos quatro trimestres, o PIB fechará o ano com alta de 0,2%.

Gráficos 2 e 6

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A proteção social dos trabalhadores da Gig Economy do setor de transporte no Brasil

Por Geraldo Sandoval Góes,  Felipe dos Santos Martins, Antony Teixeira Firmino e Leonardo Alves Range

Este estudo é uma continuidade tanto da Nota de Conjuntura (NC) nº 5 da Carta de Conjuntura nº 53, publicada no último trimestre de 2021, quanto da NC nº 14 da Carta de Conjuntura nº 55, publicada no 2º trimestre de 2022. A presente nota possui como objetivo principal analisar a situação dos trabalhadores da Gig Economy no setor de transportes, e sua participação e contribuição na previdência. Os dados da Pnad Contínua do terceiro trimestre de 2022 revelam que 1,7 milhão de pessoas estavam ocupadas na Gig Economy do setor de transportes no país. Desses apenas 23% contribuem para a previdência, esse percentual está 10 pontos percentuais abaixo do percentual de trabalhadores conta própria que contribuem para a previdência.

Adicionalmente, o estudo identificou desigualdades regionais na contribuição previdenciária dos trabalhadores da Gig Economy no setor de transporte, pois na região Sul mais de um terço dos trabalhadores contribuíram para a previdência social (37,0%), enquanto na Região Norte esse percentual foi de, aproximadamente, 10%.

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Inflação por faixa de renda – Janeiro/2023

Por Maria Andréia P. Lameiras

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda revela que, em janeiro de 2023, à exceção das classes de renda média-alta e alta, todas as demais registram desaceleração da inflação na comparação com dezembro de 2022. Em termos absolutos, as faixas de renda muito baixa e baixa foram as que apontaram a menor taxa de inflação em janeiro (0,47%), enquanto a maior taxa foi verificada no segmento de renda média-alta (0,59%). Com a incorporação deste resultado, no acumulado em doze meses, até janeiro, as famílias de renda média-baixa apresentaram a menor alta inflacionária (5,53%) e o segmento de renda alta foi o que apontou a taxa mais elevada no período (7,05%). No caso das famílias com renda muito baixa, a alta da inflação nos últimos doze meses é de 6,18%.

Tabela 1 _jan23
Gráficos 1 e 2 _jan23
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Inflação por faixa de renda

 



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Boletim de expectativas- Fevereiro de 2023

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de expectativas destaca as projeções para o PIB e seus componentes, pelo lado da oferta e da demanda, coletadas de diversas fontes. A expectativa para o PIB de 2023, conforme coletada pelo BCB em seu Sistema Expectativas de Mercado elevou-se de 0,5% no meio do ano passado para 0,8%, na divulgação mais recente. Divulgada em 16 de dezembro de 2022, a projeção do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea é de 1,4%. O FMI revisou para cima sua previsão, agora de 1,2%, segundo o World Economic Outlook de janeiro.  Na abertura das projeções para o PIB pelo lado da oferta, chama a atenção, no Focus, a evolução da previsão para 2023 da Agropecuária, que, em meados de 2022 estava em 2,5% e, agora, alcança 6,5%. O Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea também previa 2,5% na divulgação de junho de 2022, mas, em setembro, elevou o crescimento esperado para 10,9%, revendo-o, em dezembro, para 11,6%. No seu relatório trimestral de inflação, o BCB previu, para o PIB da agropecuária de 2023, 7,0% na edição de dezembro. A participação da agropecuária no PIB subiu recentemente: nos dez anos terminados em 2019, foi, em média, de 4,4%, com pouca variação, mas subiu a partir de 2020, alcançando 7,5% em 2021 e 7,6% nos três primeiros trimestres de 2022.

Pelo lado da demanda, o maior componente do PIB é o consumo das famílias que, em 2021, correspondeu a 61% do total. Sua taxa de crescimento esperada de acordo com a mediana do Focus para 2023 passou de 0,5% no começo de julho de 2022 para 0,9% na coleta mais recente. A previsão do Ipea está em 1%, a do BCB em 1,2% e a mediana da Bloomberg, em 1,3%.

Para 2024, a coleta do BCB apontava para 1,7% na maior parte do segundo semestre do ano passado, mas, a partir de dezembro, começou a cair e está, atualmente, em 1,5%.

Gráficos 1 e 2

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Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em dezembro de 2022

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

De acordo com dados da execução orçamentária registrada no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o mês de dezembro de 2022 apresentou um superávit primário de R$ 1,5 bilhão nas contas do governo central. A receita líquida do governo central atingiu R$ 168,9 bilhões nesse mês – decréscimo em termos reais de 7,9% quando comparada com dezembro de 2021 – e a despesa totalizou R$ 167,4 bilhões – retração de 0,8% na mesma base de comparação. Com os dados de dezembro, o ano de 2022 fechou com superávit primário de R$ 53,8 bilhões, contra um déficit de R$ 40,2 bilhões em 2021, ambos a preços de dezembro de 2022.

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Indicador Ipea Mensal de FBCF – Resultado de Outubro de 2022 e Nota Metodológica

Por Leonardo Mello de Carvalho e Marco Antonio F. de H. Cavalcanti

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta uma alta de 2,2% na comparação entre outubro e setembro na série com ajuste sazonal. Com isso, o trimestre móvel encerrado em outubro registrou um acréscimo de 1,5%. Nas comparações com os mesmos períodos de 2021, enquanto outubro apresentou uma alta de 6,6%, o trimestre móvel aumentou 5,9%. No acumulado em doze meses, os investimentos totais apresentaram um crescimento de 0,4% em outubro.

Na comparação com ajuste sazonal, o consumo aparente de máquinas e equipamentos – que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentou um avanço de 2,9% em outubro, encerrando o trimestre móvel com uma alta de 1,9%. De acordo com os seus componentes, enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos avançou 7,4% em outubro, a importação cedeu 14% no mesmo período. Ainda assim, as importações cresceram 22,6% no trimestre móvel. A produção nacional, por sua vez, encerrou o período com uma queda de 5,1%. No acumulado em doze meses, a demanda interna por máquinas e equipamentos registrou uma queda de 7,2%.

Os investimentos em construção civil, por sua vez, também avançaram em outubro, na série dessazonalizada, registrando uma alta de 0,6%. Ainda assim, o segmento registrou uma queda de 2,7% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, a expansão foi de 5,2%.

Tabela 1 (19)

Gráfico 1 (5)

Gráfico 2

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Dados indicador



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Investimento líquido e estoque de capital – atualização de dados desagregados de 2020 e agregados do terceiro trimestre de 2022​

Por José Ronaldo Souza Jr. e Felipe Cornelio

Esta nota atualiza as séries dos indicadores Ipea de investimento líquido e de esto- que de capital até o terceiro trimestre de 2022. Devido à divulgação dos dados anuais de 2020 do Sistema de Contas Nacionais (SCN/IBGE), todos os dados a partir desse ano foram revisados. No caso do estoque de capital, os dados anuais de 2020 permitem não só estimativas de melhor qualidade como também a desagregação por componente, inclusive três categorias de construção – infraestrutura, residencial e demais estruturas. Particularmente, destaca-se a recuperação do crescimento do estoque de infraestrutura devido às elevadas taxas de crescimento dos investimentos brutos no segmento por dois anos consectivos, 18,8% em 2019 e 13% em 2020. Com isso, o investimento líquido, que havia ficado negativo em 2017 e 2018, voltou a ficar positivo em 2019 e avançou significativamente em 2020 (ano da recessão causada pela pandemia), indicando que o estoque de capital de infraestrutura voltou a aumentar, passando de 0,1% em 2019 para 0,7% em 2020. Em relação às estimativas trimestrais agregadas com dados mais recentes, apesar da desaceleração do crescimento da formação bruta de capital fixo (FBCF), os investimentos líquidos (excluído o valor da depreciação) apresentaram aceleração do crescimento, por muito influenciado pela redução da depreciação. O resultado em termos de estoque de capital foi a continuidade de crescimento, atingindo uma taxa de crescimento interanual de 1,0% em setembro de 2022 – depois de ter fechado 2021 com 0,7%.

Gráficos 9 e 13

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Finanças públicas estaduais: trajetória nos dez primeiros meses de 2022

Por Mônica Mora

As finanças públicas estaduais nos primeiros dez meses de 2022 mantiveram, em termos agregados, resultados primários positivos. Contudo, nota-se na margem certa deterioração fiscal, associada primordialmente à interrupção abrupta da trajetória ascendente do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), ao aumento do dispêndio com investimentos e ao fim da vedação legal de concessão de novos reajustes salariais ao funcionalismo.

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Boletim de expectativas- Dezembro de 2022

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de Expectativas aborda as variáveis fiscais coletadas pela pesquisa Focus do Banco Central – e outras – ilustrando sua evolução cotejada com fatos relevantes, como emendas constitucionais recentes que aumentaram gastos. O resultado primário e a dívida pública projetados pioraram recentemente.

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