Por Maria Andréia P. Lameiras
Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda revelam que, em setembro, houve aceleração da inflação em todas as classes de renda, com impacto mais expressivo entre as famílias de menor poder aquisitivo. Após a deflação de 0,29% observada em agosto, a inflação das famílias de renda muito baixa avançou para 0,59%, influenciada principalmente pelo reajuste de 10,3% na tarifa de energia elétrica. Para as famílias de renda mais alta, a pressão inflacionária foi relativamente menor, devido não apenas à influência mais moderada do aumento da energia, mas também à redução de 2,8% nas passagens aéreas, o que suavizou a aceleração entre agosto (0,10%) e setembro (0,35%).
No acumulado de 2025 até setembro, a inflação mais elevada é registrada na faixa de renda baixa, com 3,78%, enquanto a classe de renda alta apresenta a menor variação, de 3,50%. O mesmo padrão se mantém no acumulado em doze meses: as famílias de renda baixa registram alta de 5,37%, ao passo que as de renda alta tiveram aumento de 5,02%.

