Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros ativos fixos, registra uma alta de 9,6% na comparação entre junho e maio na série com ajuste sazonal. O resultado mais que compensou a retração ocorrida no período anterior. Com isso, o trimestre móvel encerrado em junho registrou expansão de 2,1% na comparação dessazonalizada – resultado já ajustado de acordo com as contas nacionais trimestrais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Vale notar que o indicador se situa 11,8% abaixo do máximo atingido na série, verificado em abril de 2013. Nas comparações com os mesmos períodos de 2023, o indicador mensal apresentou crescimento de 7,3% em junho, e alta de 5,7% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, por sua vez, os investimentos totais ainda apresentaram uma retração de 0,9%.
Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram um avanço de 14,0% em junho, encerrando o trimestre móvel com alta de 8,0%. Quanto a seus componentes, tanto a produção nacional quanto as importações registraram avanço em junho, com altas de 11,1% e 20,6%, respectivamente. Já na comparação em médias móveis, enquanto a produção nacional cresceu 7,5%, as importações aumentaram 4,7%. No acumulado em doze meses, o consumo aparente (ou a demanda interna) de máquinas e equipamentos registrou uma retração de 1,7%.