Desempenho recente do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Leo Veríssimo Fernandes, Gabriela Carolina Rezende Padilha

Ao longo do último trimestre, em consonância com um ritmo de expansão mais forte da atividade econômica, os principais indicadores de emprego no país sinalizam forte dinamismo no mercado de trabalho brasileiro, caracterizado, entre outros aspectos, por novas quedas da desocupação e aumentos de rendimentos reais. Se, por um lado, o crescimento dos salários é uma consequência benigna e esperada da trajetória de crescimento da ocupação em ritmo superior ao observado na força de trabalho verificada no último ano, de outro ele tende a impactar o nível de preços e pode retardar o processo de desinflação da economia brasileira. Em julho, as estatísticas mensalizadas da PNAD Contínua revelam que a taxa de desocupação ficou em 6,5%, recuando 1,1 ponto percentual (p.p.) na comparação com o observado no mesmo período de 2023, mantendo-se, por conseguinte, em patamares historicamente baixos.

Nota-se, ainda, que, embora nos últimos meses grande parte da queda da desocupação seja decorrente da criação de novos postos de trabalho, o crescimento mais modesto da força de trabalho também ajuda a explicar este quadro de desemprego reduzido. De fato, em julho, a população ocupada, medida pelo IBGE, era composta por 102 milhões de trabalhadores, o que corresponde a um aumento de 2,3% na comparação interanual. Já a expansão da força de trabalho se deu de modo menos intenso, com alta de 1,2%.

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