Por Maria Andréia Parente Lameiras, Leo Veríssimo Fernandes e Gabriela Carolina Rezende Padilha
Os dados mais recentes indicam que, em consonância com o bom desempenho da atividade econômica, o mercado de trabalho brasileiro continuou a surpreender positivamente ao longo do último trimestre, consolidando um cenário marcado por novas desacelerações da taxa de desocupação, mesmo diante de um movimento de retomada mais forte da força de trabalho. De acordo com a PNAD Contínua, em abril, a taxa de desocupação ficou em 6,8%, recuando 1,2 ponto percentual (p.p.) na comparação com o observado no mesmo período de 2023. Já em termos dessazonalizados, a taxa de desocupação de 6,9%, apurada em abril, é a menor já registrada desde setembro de 2024.
Nota-se, também, como desejável, que o recuo da desocupação nos últimos meses é decorrente de uma aceleração ainda mais forte no ritmo de criação de empregos no país. Por certo, após registar uma taxa de crescimento interanual da ordem de 2,0% no trimestre móvel, encerrado em janeiro, a população ocupada registrou taxa de expansão de 2,8% no trimestre móvel finalizado em abril. Desta forma, após a mensalização do último trimestre, observa-se que, em abril, o contingente dessazonalizado de ocupados na economia chegou a 102,1 milhões de trabalhadores, o que corresponde ao maior valor já estimado pelo IBGE.