Por Maria Andréia P. Lameiras
Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostram que, em setembro, a inflação foi, novamente, mais amena para as famílias de menor poder aquisitivo. Por certo, enquanto a classe de renda muito baixa registrou deflação de 0,02%, beneficiada, especialmente, pela queda dos preços dos alimentos, a faixa de renda alta apontou taxa de 0,57%, impactada, sobretudo, pelos reajustes dos combustíveis. Nota-se ainda que, na comparação com agosto, enquanto os três segmentos de rendas mais baixas registraram desaceleração da inflação, em setembro, os três segmentos seguintes apresentaram taxas mais elevadas.
No acumulado do ano, a faixa de renda muito baixa segue apresentando a menor taxa de inflação (2,3%), ao passo que a maior variação ocorre no segmento de renda alta (4,4%). De modo semelhante, no acumulado em doze meses, enquanto a menor taxa de inflação é verificada na classe de renda muito baixa (3,9%), a mais elevada está no estrato de renda alta (6,4%).